“Um país que não está no retrato”

Argumentação e imaginários sociodiscursivos em posts das páginas São Paulo Invisível e Rio Invisível

Abstract

The main objective of this work is to investigate whether the posts that have a narrative form and an argumentative function, from the pages Invisible São Paulo and Invisible River, published on the social network Facebook, maintain or break the socially crystallized imaginaries regarding the homeless population. The initial hypothesis is that there is a dispute of voices/narratives. This end, four posts, two from each page, were selected. The research is based primarily on the Semiolinguistic Theory of Discourse Analysis. However, Recuero (2009) and Santaella (2016) will also guide the investigation in relation to digital discourse. Moreover, it is assumed that narrating convinces. Thus, the reflections of Feres (2019) and Koch and Elias (2018) will also be used. Finally, as the gaze is directed to bodies that are, at all times, invisible and silenced, the thought of Santos (2020) will also be one of the guiding threads of this study.

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Author Biographies

Janayna Rocha da Silva, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Estudos da Linguagem pela mesma instituição (2019), especialista em Língua Portuguesa pelo Liceu Literário Português (2017) e graduada em Letras: português/italiano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010). Durante a graduação foi bolsista de Iniciação Científica pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), apresentando trabalhos vinculados à área de Teoria da Literatura. É integrante do grupo de pesquisa Leitura, fruição e ensino -liderado pelas professoras Beatriz dos Santos Feres e Patrícia Neves Ribeiro e integrante do grupo de estudos e pesquisa em Linguística Textual - liderado pelo professor Fábio André Cardoso Coelho . Atualmente, é professora da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: semiolinguística, leitura, interpretação textual e representações de gênero. 

Ilana da Silva Rebello, UFF- Universidade Federal Fluminense

É graduada em Letras (2002- UFF), mestre (2005-UFF) e doutora (2009-UFF) em Língua Portuguesa pela Universidade Federal Fluminense. Já atuou como professora de Língua Portuguesa na Prefeitura de São Gonçalo, na Prefeitura de Niterói, na Secretaria Estadual de Educação e na Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC). Atualmente é professora Associada 40h DE, de Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal Fluminense. Está vinculada como professora permanente à linha de pesquisa Teorias do texto, do Discurso e da Tradução do Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Federal Fluminense, onde atua como docente e orientadora no mestrado e doutorado. Atua também no curso de especialização em Língua Portuguesa. É coordenadora do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Língua Portuguesa UFF (Quadriênio 2019-2022), vice-chefe do Setor de Língua Portuguesa da UFF (2020 - atual) e uma das coordenadoras dos Projetos de Extensão: PID - Projeto de Iniciação à Docência -Subprojeto: Semiolinguística e ensino: a sala de leitura como espaço de fruição e A Semiolinguística aplicada ao Ensino de Língua Materna. É membro do grupo de pesquisa em Semiolinguística - Leitura, fruição e ensino (GPS - LeiFEn/UFF/CNPq), do Círculo Interdisciplinar de Análise do Discurso (Ciad-Rio) e do Grupo de Trabalho de Linguística de Texto e Análise da Conversação da Anpoll. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: semiolinguística, mídia, leitura, interpretação e escrita.

 

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Published
2024-08-31
How to Cite
da Silva, J., & Rebello, I. (2024). “Um país que não está no retrato”. Revista Eletrônica De Estudos Integrados Em Discurso E Argumentação, 24(2), 67-89. https://doi.org/10.47369/eidea-24-2-4106
Section
Artigos