Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação
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<p style="text-align: justify;"><em>EID&A</em> é um periódico pertencente à área das Ciências da Linguagem e, especificamente, ao campo de investigação da argumentação, que publica quadrimestralmente (abril, agosto e dezembro) artigos inéditos, entrevistas e resenhas críticas sobre os estudos da interface entre discurso e argumentação. <em>EID&A</em> encaminha para dupla avaliação cega por pares os artigos inéditos e as resenhas críticas, enquanto seus editores são os responsáveis pela avaliação dos textos que serão publicados na seção "Entrevista". Os autores (até três por submissão) podem submeter seus trabalhos independentemente de sua titulação acadêmica.</p>EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentaçãopt-BRRevista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação2237-6984<p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: </p><p>Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p><p><img src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></p>Argumentação, gênero e memes no discurso político
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3451
<p>O presente artigo discute a lingua(gem) sob o ponto de vista argumentativo-discursivo para tratar de questões de gênero, tendo como ponto de partida e contexto de fundo o discurso político brasileiro no governo Bolsonaro. A partir da análise do gênero textual “meme”, vislumbra-se o projeto de sequência argumentativa prototípica mínima de Adam (2008). A análise da sequência mostrará que, do ponto de vista textual, a crítica ao governo reproduzida pelo “meme” é fundamentada; porém, do ponto de vista discursivo, há deslizes do sentido, que tendem a mostrar uma identificação do sujeito crítico com o próprio objeto de sua crítica. Argumenta-se, deste modo, que os sujeitos constroem seus enunciados argumentativos para reforçar ou refutar determinado projeto político sem controlar completamente seus dizeres, dado que a formação discursiva, assim como a lingua(gem), não é de todo transparente.</p>João Paulo Martins de Almeida
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2022-12-282022-12-2822312110.47369/eidea-22-3-3451O adjetivo subjetivo em Laurent Gbagbo: entre legitimidade e conflito
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3488
<p>A orientação da vida sócio -política é impulsionada pelo uso da linguagem. Às vezes usado para objetividade para o interesse geral às vezes cheio de subjetividade para marcar os conflitos interiores e externos: a palavra cria a crise. A presente reflexão que entra no discurso pelo adjetivo quer mostrar como a realidade descrita transparada por esse elemento graduado e estabelece uma separabilidade da sociedade de acordo com sua manipulação. O adjetivo, apêndice do nome, torna -se um instrumento de gatilho do conflito e agora tudo é resolvido de acordo com a semântica em que opera: diz, é e aparece em todas as direções, em todos os seus estados para dar um cachê especial a todos os serviços discursivos.</p>Essé Kotchi Katin Habib
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2022-12-282022-12-28223223710.47369/eidea-22-3-3488Técnicas argumentativas e argumentos coringas: análise de uma redação do Portal Brasil Escola
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3497
<p class="EIDA-caputresumo"><span lang="PT-BR">O trabalho tem como objetivo fazer uma análise das técnicas argumentativas utilizadas em uma redação do tipo dissertativo-argumentativo retirada do Portal Brasil Escola, a fim de investigar como o autor do texto desenvolve sua argumentação e se há uma relação com os argumentos coringas, divulgados em um Manual da youtuber Poxa Lulu. Para isso, utilizamos os estudos de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005) e de Ferreira (2015). Na primeira fase da pesquisa, houve a seleção de uma redação de um aluno sem identificação, retirada do Portal Brasil Escola e de um manual de produção de texto comercializado pela internet. Em seguida, fizemos a comparação das técnicas argumentativas utilizadas por ele com as de um modelo de redação do Manual. Após a análise interpretativa e comparativa, os resultados apontaram que há uma relação entre os dois materiais e que isso pode comprometer a construção da argumentação dos vestibulandos. </span></p>Letícia SantosMarcia Regina Pereira Curado Mariano
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2022-12-282022-12-28223385810.47369/eidea-22-3-3497O despertar das paixões: a retórica de Candido na estreia de Clarice Lispector
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3522
<p>O discurso crítico literário, de ordem epidítica, já que objetiva louvar ou censurar uma obra e seu autor, é capaz de consagrar escritores desconhecidos, caso da modernista Clarice Lispector. Com base nessas considerações, adota-se como objeto de análise deste estudo a crítica literária “Perto do coração selvagem”, escrita por Antonio Candido, referente ao romance de estreia de Lispector. Tem-se como objetivo mostrar quais as paixões mobilizadas no discurso de Candido, por intermédio de recursos retóricos – figuras, argumentos, lugares e seleção lexical – que amplificam a escritora. Para esse feito, o estudo baseia-se nos pressupostos teóricos da Retórica e da Nova Retórica, com foco no conceito de <em>pathos</em>. Para mais, o estudo considera que a crítica literária jornalística é capaz de conduzir o leitor do jornal a se tornar leitor do romance, a partir da intencionalidade retórica do crítico-orador e das paixões mobilizadas nos leitores.</p>Bruna Camargo Correa
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2022-12-282022-12-28223597510.47369/eidea-22-3-3522Análise argumentativa de um debate político televisionado no segundo turno para governador do Rio de Janeiro
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3525
<p>Este artigo tem como objetivo analisar a argumentação num debate político. A base para análise será o <em>Tratado de Argumentação</em> de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005) e sua revisão, organizada, de forma parecida, por tipos de argumentos em <em>Argumentação</em>, de Fiorin (2015). Assim, desejamos identificar os chamados ‘argumentos quase lógicos’ e ‘argumentos que fundamentam a estrutura do real’ nas arguições de dois candidatos que disputavam o segundo turno para governador do Rio de Janeiro em 2018. A proposta é verificar como esses argumentos, tão difundidos em nosso cotidiano, foram integrados ao discurso político e aproveitados no contexto em questão; e de quais maneiras se é possível contra-argumentar aquilo que um adversário diz num pleito eleitoral, ao mesmo tempo que verificamos se este é, de fato, um contexto argumentativo produtivo para os argumentos selecionados no recorte e se eles foram usados mais para defesa e autopromoção ou para o ataque ao adversário.</p>Lucas de SouzaSarah de Araújo Alves
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2022-12-282022-12-28223769110.47369/eidea-22-3-3525Intertextualidade e desqualificação do adversário no uso da hashtag em tuítes
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3528
<p class="EIDA-caputresumo"><span lang="PT-BR">A internet intensificou discursos que se entrecruzam antagonicamente. Desse modo, esta pesquisa se propõe a analisar a intertextualidade em <em>hashtags</em> utilizadas em textos da rede social <em>Twitter</em>, a fim de que se possa apreender a desqualificação do adversário na polêmica pública. A fundamentação teórica recorre aos estudos sobre a polêmica pública (AMOSSY, 2017), à classificação do argumento <em>ad hominem </em>(FIORIN, 2015), ao tecnodiscurso (PAVEAU, 2020) e à intertextualidade no que diz respeito à alusão ampla (CARVALHO, 2018). Para a análise, foram selecionados dois tuítes produzidos em dois contextos polêmicos distintos que envolvem a conduta do presidente Jair Bolsonaro com questões de interesse para a sociedade brasileira. A análise permitiu constatar que a intertextualidade intensifica o ataque direcionado à pessoa ou ao grupo que assume o lado oposto na polêmica pública, ao fazer uso da <em>hashtag</em> em textos virulentos na rede social <em>Twitter</em>.</span></p>Rafael Botelho DutraMaria da Graça dos Santos Faria
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2022-12-282022-12-282239210910.47369/eidea-22-3-3528A argumentação no tribunal do júri: emoção e empatia do advogado de defesa em casos de homicídio
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3530
<p>Analisar a argumentação presente na sustentação oral de um advogado que defende um réu homicida e a sua relação com o convencimento dos jurados é o propósito deste trabalho. Dessa forma, fundamenta-se na nova retórica de Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996); na sequência argumentativa de Adam (2011), em diálogo com as teorias de emoção, com Plantin (2011) e empatia com Rabatel (2013). Com a finalidade de padronizar a transcrição do <em>corpus</em>, ele foi passado para as normas do Projeto da Norma Urbana Oral Culta (NURC). A análise do dado aponta para os seguintes resultados: a sequência argumentativa seguiu o nível justificativo; sobre o argumento emocional, notamos que foi marcado por lexemas subjetivos; por fim, sobre o argumento empático, verificamos que os mais recorrentes foram a de que L1/E1 se colocar no lugar dos jurados, para evitar arrependimentos futuros, e, o do L1/E1 se colocar no lugar da mãe da vítima.</p>Karla Stéphany de Brito SilvaMaria das Graças Soares Rodrigues
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2022-12-282022-12-2822311012910.47369/eidea-22-3-3530O papel do discurso relatado na avaliação de argumentos de autoridade
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3532
<p>Este artigo discute como aspectos gramaticais do discurso direto e indireto afetam a avaliação do argumento a partir da opinião de especialistas. O discurso direto é muitas vezes caracterizado por ter dois atos discursivos diferentes e, consequentemente, dois centros dêiticos; e o discurso indireto é considerado como um ato discursivo com um centro dêitico. Essas estruturas gramaticais têm efeitos pragmáticos diferentes, principalmente porque, no discurso direto, o conteúdo relatado é assumido como fiel em forma e conteúdo, enquanto no discurso indireto, o falante atual incorpora o conteúdo relatado em sua fala. Considerando essas características, este trabalho traz uma análise comparativa dos tipos de discurso relatado e sua relação com o esquema argumentativo e questões críticas de Wagemans (2011) e oferece modificações nos esquemas argumentativos existentes para permitir uma avaliação mais precisa dos argumentos.</p>Monielly Serafim
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2022-12-282022-12-2822313014710.47369/eidea-22-3-3532A argumentatividade nos imaginários sociodiscursivos de intolerância: uma análise da polêmica gerada por comentários sobre um discurso religioso
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3550
<p>A partir de uma polêmica causada pela postagem de um vídeo no Twitter do Papa Francisco, inúmeros comentários intolerantes foram veiculados como forma de resposta a tal publicação. Isso foi possível graças ao processo de midiatização do discurso religioso e também a diferentes acontecimentos políticos, responsáveis por uma polarização da sociedade brasileira. Nosso objetivo é analisar a argumentatividade presente em tais respostas a partir das noções de imaginários sociodiscursivos, de Charaudeau (2008, 2009, 2015), e também o conceito de temática, proposto por Barros (2011) e Melo (2020). Identificamos cinco imaginários sociodiscursivos de intolerância entre os comentários analisados e os classificamos em quatro tipologias diferentes. Nossas investigações apontam para o entendimento de que a intolerância verbal presente nas respostas possui forte sentido de argumentatividade social, uma vez que este tipo de discurso não se limita ao ambiente cibernético, mas reflete a sociedade intolerante na qual estamos vivendo.</p>Karina Zandonadi NunesMônica Santos de Souza Melo
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2022-12-282022-12-2822314816810.47369/eidea-22-3-3550Polêmica religiosa nos panfletos de Eulálio Motta: uma análise dialógica da argumentação
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3565
<p>O panfleto foi o meio pelo qual Eulálio Motta se juntou ao coro de polemistas religiosos do Brasil, em 1949. Através da produção e distribuição de um panfleto, o intelectual católico provocou dicotomização, polarização e lançou o descrédito sobre a religião adversária em Mundo Novo, interior da Bahia. Os argumentos polêmicos empregados no panfleto “O Que Importa” são discursivamente analisados neste artigo. Para tanto, o estudo está ancorado sob a perspectiva da análise dialógica da argumentação, proposta por Lucas Nascimento (2018a), fundamentada em Mikhail Bakhtin (2010; 2011; 2013) e em Chaїm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca (2005), em diálogo com Ruth Amossy (2017) e Marc Angenot (2008). Sob essa perspectiva, analisamos o evento polêmico religioso em que os argumentos dos opositores soam irracionais e inaceitáveis para o panfletário mundonovense.</p>Priscila Santos LopesLucas Nascimento
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2022-12-282022-12-2822316918610.47369/eidea-22-3-3565Debates estudantis: estratégias de atenuação em um exercício de oralidade argumentativa e acadêmica
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3566
<p>Nesta pesquisa, trabalhamos com o gênero debates estudantis produzidos nas jornadas nas quais se expõem resultados de pesquisa. Interessa-nos observar como os estudantes assumem o posicionamento argumentativo e como se apropriam de um registro acadêmico para discutir seus resultados da pesquisa. Esse debate argumentativo convoca um jogo de imagens dos enunciadores que deixam sua marca quando escolhem estratégias discursivas de atenuação. A atenuação é uma categoria pragmática que age como uma estratégia que diminui a força ilocutória dos atos comunicativos, motivada pela necessidade da imagem dos participantes (CAFFI, 1999, 2007; BRIZ 2003; 2005; 2007; BRIZ; ALBELDA, 2013). Esta forma linguística adquire, porém, diferentes funções comunicativas, segundo o contexto interativo no qual se seleciona a estratégia e conforme os códigos socioculturalmente definidos que se relacionam com os papeis e com o jogo interativo vinculado à prevenção, reparação, negociação de possíveis atos ameaçadores da imagem ou à própria negociação do significado.</p>Cecilia CostasSilvina Douglas
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2022-12-282022-12-2822318720610.47369/eidea-22-3-3566A construção da encenação argumentativa em redações com nota máxima no ENEM: uma abordagem semiolinguística
https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/3567
<p>Este artigo objetiva apresentar os resultados de uma pesquisa que analisou, à luz da Teoria Semiolinguística do Discurso (CHARAUDEAU, 2005; 2007; 2019 [2008]), a construção da encenação argumentativa em redações com nota máxima no ENEM/2018. No processo de análise, procuramos caracterizar o funcionamento da dimensão situacional das redações, bem como descrever os procedimentos semânticos e discursivos colocados em cena pelos sujeitos escritores na tessitura argumentativa dos textos e na construção do ethos. No tocante à metodologia, trata-se de uma pesquisa de natureza documental e de cunho interpretativista em relação aos dados investigados. Os resultados alcançados evidenciam a existência de uma encenação retórica nas redações, sinalizando, entre outros aspectos, a aplicabilidade de conceitos propostos pela Teoria Semiolinguística no agenciamento de recursos persuasivos que, em larga medida, particularizam as múltiplas faces do processo argumentativo na produção escrita do Exame Nacional do Ensino Médio.</p>Jairo Venício Carvalhais OliveiraAna Paula Cordeiro Lacerda Franco
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2022-12-282022-12-2822320723010.47369/eidea-22-3-3567