LIMITES À AUTORIDADE PARENTAL, TERMINALIDADE DA VIDA E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA

O CASO DA MENINA BRITÂNICA INDI GREGORY

Palavras-chave: Interesse da Criança, Bioética, Terminalidade da vida, Poder Familiar

Resumo

O presente artigo busca investigar a quem cabe a decisão sobre a continuidade ou suspensão de tratamento invasivo e artificial mantenedor da vida de uma criança em situação irreversível e incurável, tendo como base a decisão proferida pelo Tribunal britânico no caso da menina Indi Gregory, com 9 meses de idade que teve os aparelhos desligados por ordem da justiça inglesa, em detrimento da vontade dos genitores que não concordavam com a suspensão do tratamento médico. O objetivo geral da pesquisa é analisar se no Brasil seria juridicamente viável aplicar a mesma solução dada pela justiça britânica, qual seja, a suspensão do tratamento, destinando a paciente a cuidados paliativos, independentemente da vontade dos genitores. Neste sentido, para o desenvolvimento da pesquisa, parte-se de conceitos bioéticos sobre a terminalidade da vida tratando da questão da morte com dignidade de acordo com a legislação brasileira e em âmbito global, bem como do conceito do poder familiar e do princípio do melhor interesse da criança para finalmente, explicar a possibilidade de limitação do exercício do poder familiar em prol da defesa dos direitos individuais da criança que não pode expressar sua vontade.  Para a estrutura do presente trabalho, utilizou-se o método dedutivo, baseando-se no levantamento bibliográfico de doutrina e legislação vigentes no Direito brasileiro e na Bioética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gianpaolo Poggio Smanio

Doutor e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. Diretor e Professor Titular da Faculdade de Direito e do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Renata da Rocha, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Pós-doutora em Bioética de Direitos Humanos Universidade de Brasília – UnB (2023). Doutora e Mestre em Filosofia do Direito e do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP. Professora de Biodireito da UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professora de Biodireito e Bioética na Pós-graduação em Direito Médico - Escola Paulista de Direito - EPD

Ana Elizabeth Lapa Wanderley Cavalcanti

Doutora e Mestre em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP. Professora de Biodireito e Direito Civil dos cursos de graduação em Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM e das Faculdades Metropolitanas Unidas– FMU. Email: aelwc@terra.com.br.

 

Publicado
2024-06-30