PENSAR A EPISTEMOGRAFIA EM UM CONSTITUCIONALISMO DIGITAL

Palavras-chave: audiências públicas virtuais, epistemografia interativa, práticas constitucionais, pluralismo, virtualidade

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discutir o conceito de "constitucionalismo digital", que se refere à relação entre as dinâmicas digitais e a importância da Constituição na estruturação dos Estados, bem como o papel do cidadão na esfera tecnológica, social e política. Apesar da promessa de que a internet seja um espaço inclusivo e aberto, ela também pode reproduzir antigos desafios observados na teoria do constitucionalismo, como a aceitação da diversidade, a eficácia dos direitos fundamentais e o papel do cidadão na definição dos assuntos públicos. Para abordar esse tema, adota-se uma abordagem baseada na epistemologia interativa de García Gutiérrez, conforme descrita em seus escritos sobre a linguagem documental. O problema da pesquisa reside no seguinte questionamento: como o desenvolvimento de práticas constitucionais no ambiente digital pode levar à exclusão ou inclusão de certos participantes no debate público? Objetiva-se analisar o sistema de representação da informação por meio dessa abordagem epistemológica, destacando-o como um ponto de tensão na concepção de constitucionalismo digital. Para atingir esse objetivo, examina-se algumas experiências brasileiras relacionadas à realização de audiências públicas virtuais, a partir de uma revisão de literatura.

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Biografia do Autor

Matheus Fernandes da Silva, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (PPGD/UFERSA)

Mestrando em Direito (UFERSA). Especialista em Direitos Humanos. Bacharel em Direito (UERN). Advogado (OAB/RN). Pesquisador no Grupo de Estudos em Tecnologia, Informação e Sociedade (GETIS) e no Grupo de Estudos em Conflito e Acesso à Justiça ((GECAJ/UFERSA/CNPq). E-mail: cmfernandesmatheus@gmail.com.

José Albenes Bezerra Junior, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (PPGD/UFERSA)

Doutor em Direito pela Universidade de Brasília - UnB. Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA. Coordenador do Grupo de Estudos em Conflito e Acesso à Justiça (GECAJ/UFERSA/CNPq). E-mail: albenes.junior@ufersa.edu.br.

Publicado
2024-06-30