REGIMES DE VISUALIDADE DO AUTISMO: O SUJEITO DE DIREITO AUTISTA NO CINEMA
Resumo
Este trabalho tem por foco investigar as mudanças históricas nas percepções sociais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e analisar a construção de retratações cinematográficas contemporâneas que afastam os indivíduos atípicos da estigmatização pela loucura. Ao longo do tempo, a comunidade autista foi submetida a tratamentos similares aos aplicados às pessoas consideradas loucas, evidenciando um estigma social que mudou com o tempo. O conceito de “regimes de visualidade” é utilizado para compreender as condições históricas que influenciaram a formação de discursos sobre o autismo na sociedade, especialmente no contexto cinematográfico. Assim, este estudo se propõe a examinar como as retratações visuais do autismo foram moldadas por fatores sociais e ideológicos, considerando a memória discursiva como um elemento crucial. Para tanto, foi aplicada a pesquisa bibliográfica da obra “História da Loucura” (1972) e do livro-reportagem “Holocausto Brasileiro” (2013). Associado a isso, nos debruçamos sobre a análise cinematográfica de “Temple Grandin” (HBO, 2010), de modo a compreender os reflexos desses acontecimentos na retratação do autista no cinema. Assim, a imersão na narrativa da cinebiografia em questão é destacada como uma contribuição para alterar percepções arraigadas sobre o autismo ao desafiar padrões tradicionais na representação do TEA. Contudo, impõe-se a necessidade de fortalecer o protagonismo de pessoas atípicas em todas as etapas da produção cinematográfica, com vistas à promoção de retratações mais autênticas, fidedignas e inclusivas.
Downloads
Copyright (c) 2024 Andressa Marques de Sousa Silva, Cecília Souza e Souza de Almeida, Samene Batista Pereira Santana
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista mantém os direitos autorais sobre os trabalhos publicados e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Os Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores declaram que este artigo é original, de autoria própria, que nunca foi foi publicado em qualquer outro veículo, em português ou outro idioma, no formato impresso ou eletrônico (incluindo páginas da Internet, grupos de discussão ou outros modelos de boletim eletrônico), e não está em avaliação em outro veículo ou casa editorial.
Declaram, ainda, que este artigo não contém violação a direito autoral ou qualquer outro direito de terceiro, tampouco possui material de natureza ilegal e exoneram a REVISTA JURÍDICA DIKÉ DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ E SUA EDITORA EDITUS em face de quaisquer reclamações e despesas (incluindo custos e despesas legais) causadas por qualquer ruptura desta e de outras garantias.
Autorizam a REVISTA JURÍDICA DIKÉ DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ E SUA EDITORA EDITUS a proceder a modificações e correções para a adequação do texto às normas da publicação e informam que leram e estão cientes destes termos e das diretrizes para os autores.