Os interstícios da memória nos fragmentos da linguagem em Lídia Jorge e Cardoso Pires
Resumo
Este artigo pretende apontar como em A costa dos murmúrios e em De profundis, valsa lenta a memória surge como elemento problematizador do discurso, fazendo o romance repensar sua forma, nublando intencionalmente as fronteiras entre ficção e realidade. O esfacelamento do sujeito (em José Cardoso Pires) e do território (em Lídia Jorge) acarretam, cada um a seu modo, um estremecimento da linguagem que torna a tentativa de se atingir um discurso fatalmente gaguejante em ambos. É a partir da fragilidade fragmentária da memória que as duas narrativas são impelidas a descobrir uma nova forma de, elas próprias, escreverem-se.Downloads
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