Nas fissuras da contemporaneidade: a contranarrativa da nação em Iararana e Viva o povo brasileiro
Resumo
O presente trabalho pretende analisar a construção da nação na contemporaneidade a partir dos discursos performático e pedagógico no corpus literário Viva o povo brasileiro de João Ubaldo Ribeiro - narrativa épica da literatura moderna brasileira, que abrange mais de três séculos de história do Brasil, recontada na perspectiva dos excluídos: escravos e as camadas populares - e Iararana, de Sosígenes Costa - alegoria que narra a formação étnico-cultural do Sul da Bahia, partindo de elementos formadores da identidade nacional, ou seja, elementos que remetem ao hibridismo cultural da nação brasileira: o branco Tupã-Cavalo, Iara e o índio. O questionamento que norteará o trabalho busca explicar a narrativa dos mitos fundadores no tempo historicista do discurso pedagógico e as fissuras provocadas no discurso historicista pela contranarrativa do performático. A análise será feita com base na Teoria dos Estudos Culturais, sobretudo, nos conceitos dos teóricos: Homi K. Bhabha (1998) - tempo disjuntivo, povo, discursos pedagógico e performático – e Nestor Canclini (2000) – hibridismo cultural, que serão trabalhados, concomitantemente, com sua aplicabilidade no corpus literário. Nas obras elencadas, a escrita da nação, possivelmente, está pautada no tempo disjuntivo, contemplando os discursos ambivalentes e plurais, bem como o conceito de povo que emerge de tais discursos, instaurando, a partir do tempo performático, uma nova escrita da nação na pós-modernidade.Downloads
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