Trilhas e atalhos na trajetória do afro: transfi gurações da negritude no carnaval de Salvador

  • Milton Moura
Palavras-chave: Afro, Bahia, Carnaval, Identidade, Negritude

Resumo

Costuma-se tomar o advento dos blocos afro, nos anos 70, como o marco inicial de uma atuação negra refl exiva/moderna no Carnaval de Salvador. Esta forma de organização carnavalesca é a realização mais emblemática do afro como vetor cultural contemporâneo, em que a Negritude é transfi gurada em torno do apelo de brilho, força e beleza. A entrada da produção musical afro no circuito pop vai acarretar modifi cações na cadeia de criação artística. O artigo pretende contribuir para a refl exão sobre esta dinâmica complexa, problematizando a relação entre o afro como vetor cultural e as diversas agências organizacionais e midiáticas que de alguma forma regulam o seu aparecimento em cena. A conclusão aponta para uma desvinculação progressiva entre a enunciação do afro e a centralidade do bloco afro neste processo, já que a veiculação dos artistas emergentes dos ambientes dos blocos afro, hoje, cabe às estrelas da axé music.

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Publicado
2015-07-20
Como Citar
Moura, M. (2015). Trilhas e atalhos na trajetória do afro: transfi gurações da negritude no carnaval de Salvador. Litterata: Revista Do Centro De Estudos Hélio Simões, 1(1), 115-141. https://doi.org/10.36113/litterata.v1i1.535