Amado Jorge no YouTube:

a crítica de A morte e a morte de Quincas Berro Dágua à luz dos booktubers

Resumo

A ampliação do acesso às redes sociais tem provocado no público jovem, aparentemente, uma diminuição no aspecto cativante do desejo em ler uma obra literária, em virtude do imediatismo proporcionado pela web. Como peças-chave nesse caminho contemporâneo proporcionado pelo desenvolvimento das tecnologias digitais, da internet e das redes sociais, os booktubers surgiram recentemente no panorama virtual do site de vídeos da empresa Google. Nesse sentido, eles efetuam uma união entre literatura e redes sociais cativando o público para a leitura, seja ela de obras juvenis ou clássicas. No presente artigo, busca-se lançar luz à como a influenciadora Isabella Lubrano, do Canal Ler Antes de Morrer, que hospeda suas vídeo-resenhas no YouTube, articula e expõe suas experiências com a obra literária A morte e a morte de Quincas Berro d’água, de Jorge Amado (2008). Sendo assim, utiliza-se de uma metodologia qualitativa, exploratória e bibliográfica a partir de um quadro teórico que, entre outros, inclui Abreu (2020), Araujo e Saraiva (2021), Candido (2004), Costa (2016) Lévy (1999) e Santos (2013). Os resultados evidenciam que Lubrano ao atualizar a novela amadiana cativa o público espectador de sua produção audiovisual e, assim, colabora para a difusão da obra literária nas redes sociais.

 

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Biografia do Autor

Reginaldo Silva Araujo, Universidade do Estado da Bahia

Graduado em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XXIII (Seabra). Foi Bolsista de Iniciação à Docência (ID) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) pelo Núcleo de ID "Literatura Afro-Brasileira e Baiana"; Foi Aluno Especial da disciplina "Literatura e Cultura Afro-Brasileira e Africana" do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural, Departamento de Linguística, Literatura e Artes, Campus II da UNEB em Alagoinhas (BA); Foi Monitor de Ensino em componentes curriculares do curso de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XXIII (Seabra); Foi Estagiário do Programa Mais Futuro no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XXIII, Seabra, atuando no Projeto de Pesquisa "Arqueologias de si: um Chapadês em via de esquecimento" e produzindo coletivamente como resultado das atividades o dicionário "Protótipo de um chapadês em via de esquecimento: um exercício didático-pedagógico" (UNEB, 2021). É um dos autores do capítulo "Experiências de Iniciação à Docência: Diálogos Literários Afro-Brasileiros e Baianos na Sala de Aula" do livro: "Narrativas Estudantis: experiências formativas em contexto" (EDUNEB, 2021); Participou como Autor Selecionado da Mostra EXPOTUDO 2018 de Poemas na "V EXPOTUDO Sem Você Meu Amor, Eu não Sou Ninguém Sem Cultura, Meu Amor, Não Somos Ninguém" com o poema "SeAbra: RepresentAções LocaiS". Atualmente pesquisa as áreas relacionadas à Literatura Brasileira, Literatura Afro-Brasileira e Convergências Digitais e Literatura.

Gildeci de Oliveira Leite, Universidade do Estado da Bahia

Professor de Literatura da UNEB (Universidade do Estado da Bahia) no curso de Licenciatura em Língua Portuguesa e Literaturas, Doutor em Difusão do Conhecimento (UFBA), Mestre em Literatura (UFBA), Especialista em Educação (ABEC - UNIBA) e Licenciado em Letras Vernáculas (UFBA). Também é Sócio do IGHB (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia) e editor das Coleções Vertentes Culturais da Literatura na Bahia e Leituras de Letras e Cultura. Orienta Iniciação Científica e extensão desde 2004. Concebeu o CILLAA (Congresso Internacional de Línguas e Literaturas Africanas e Afro-Brasilidades), o SINBAIANIDADE (Simpósio Internacional de Baianidade) e o Webinário Estudos Amadianos. Colabora, com frequência, em jornais de grande circulação, blogs e tem publicado artigos em livros, revistas e periódicos. Produziu os módulos de literatura do Programa Universidade Para Todos (UPT), publicados desde 2005, e do projeto "Em Ação", todos do Governo do Estado da Bahia. Suas pesquisas são voltadas para a crítica da literatura e da cultura em especial sobre baianidades, afro-baianidades, literatura de axé e Jorge Amado.

Publicado
2023-03-27
Seção
Artigos vários