A poesia de resistência de Arminé Arjona contra o feminicídio no México
Resumo
Este artigo analisa as estratégias líricas usadas por Arminé Arjona para prestar homenagem às vítimas dos feminicídios, que aconteceram entre os anos de 1994 e 2004, em Cidade de Juarez, no México. Identificamos as particularidades desse ativismo lírico que resgata a voz dessas mulheres silenciadas por seus algozes e por um sistema de impunidade. Metodologicamente, articulamos o conceito de “contracanto”, de Linda Hutcheon (1989), para identificarmos as características líricas de uma poesia de resistência. Além disso, baseamo-nos em conceitos antropológicos propostos por Marcela Lagarde (2005) e Rita Segato (2013) que consideram esses crimes como próprios de um genocídio contra mulheres pobres e pardas. Nesse contexto, a poesia de Arminé Arjona ecoa como um grito de clamor por justiça e pelo fim da violência contra a mulher.
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