Novas identidades sob velhos olhares: reconstruindo a história em O vendedor de Passados, de José Eduardo Agualusa
Resumo
Este artigo pretende apontar como a constituição da identidade angolana é alegoricamente representada no romance O Vendedor de Passados, do escritor José Eduardo Agualusa. Com forte inclinação ao humor, mas sem fugir da seriedade histórica, o escritor cria uma narrativa calcada na história de Angola e desvela algumas consequências do difícil período colonial e da guerra civil no país, Agualusa observa ainda a predominância cultural, econômica e política portuguesa em conflito com as tradições da terra angolana.
Downloads
Referências
AGUALUSA, José Eduardo. O vendedor de passados. Rio de Janeiro: Gryphus. 2004.
BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de História. In: Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense. 1987.
COETZEE, J.M. O romance na África. In.: Elizabeth Costello: oito palestras. Trad. José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras. 2004, p. 43-67.
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: Literatura e Senso Comum. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
DURÕES, Pedro. “É preciso mudar o presente”, José Eduardo Agualusa (entrevista, Setembro de 2009). Disponível em < http://www.mazungue.com/angola/index.php >. Acesso em: 12/ Out. 2018.
FREUD, Sigmund. O estranho. In: História de uma neurose infantil e outros trabalhos. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Vol. 17. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
HALBWACHS, Maurice. A memória Coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. Trad: Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Tradução de Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
REVISTA ESTANTE. José Eduardo Agualusa: O que não tem de ser escrito, não merece ser escrito. Entrevista concedida à Carolina Morais ( em maio de 2017). Disponível em: < http://www.revistaestante.fnac.pt/jose-eduardo-agualusa-o-que-nao-tem-de-ser-escrito-nao-merece-ser-escrito/>. Acesso em 12 out. 2018.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a-Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista
b-Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c-Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).