A "rainha do lar" e a "mulher da vida": a construção das imagens femininas em José de Alencar

  • Renato Drummond Tapioca Neto
Palavras-chave: José de Alencar, Romance, Prostituta, Mulher

Resumo

Entre os escritores brasileiros que trabalharam em suas obras a construção das imagens femininas, ora como “rainha do lar”, ora como “prostituta”, encontra-se José de Alencar. Nos romances que constituem os chamados perfis de mulheres (Lucíola, Diva e Senhora), Alencar explorou aspectos da sociedade brasileira durante as décadas de 1850 a 1870, o que confere a estes romances um aspecto quase documental, embora se tratem primeiramente de obras de ficção. No presente trabalho, pretende-se demonstrar como o universo feminino foi construído pelo autor, especialmente o perfil da mulher oitocentista: a cortesã, identificada com a personagem Lúcia, no romance Lucíola (1862); e a rainha do lar, representada pelas personagens Emília, em Diva (1864), e Aurélia Camargo, em Senhora (1865). Para tanto, partiremos de uma breve discussão sobre a construção das imagens e estereótipos femininos no século XIX, e em seguida adentraremos na obra supracitada de José de Alencar, em busca de tais perfis que, por sua vez, encontram paralelos verossímeis para além das páginas do romance romântico do referido autor. Com isso, objetivamos ressaltar como a obra de Alencar se constitui numa fonte preciosa para se compreender a sociedade brasileira de 150 anos atrás.

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Biografia do Autor

Renato Drummond Tapioca Neto
Graduado em História (licenciatura) pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (2014) e mestre em Memória: Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB (2017). É autor do livro Rainhas Trágicas: quinze mulheres que moldaram o destino da Europa (2016), publicado pela Vogais Editora, em Portugal.

Referências

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Publicado
2018-11-05
Como Citar
Drummond Tapioca Neto, R. (2018). A "rainha do lar" e a "mulher da vida": a construção das imagens femininas em José de Alencar. Litterata: Revista Do Centro De Estudos Hélio Simões, 8(1), 102-122. https://doi.org/10.36113/litterata.v8i1.1879