A-cor-de Angola: conceitos e preconceitos “Zito Makoa, da 4ª classe”, de Luandino Vieira

  • Pedro Henrique Gomes Paiva
Palavras-chave: Literatura angolana. Pós-colonialismo. Racismo. Subalternidade.

Resumo

Partindo do conto “Zito Makoa, da 4ª Classe”, de José Luandino Vieira (1962), escritor angolano de língua portuguesa, este artigo propõe uma análise literária norteada pelas discussões teóricas de Homi Bhabha, Gayatri Spivak, Stuart Hall e Thomas Bonnici acerca dos conceitos de cultura, subalternidade, representação, identidade e pós-colonialismo. Voltando nosso olhar para a realidade histórica e social de Angola, temos como objetivo analisar o lugar de fala dos personagens do conto, considerando as relações desiguais e dicotômicas representadas no texto em questão. Baseado nos estudos pós-coloniais da literatura e na história de Angola como colônia de Portugal, verifica-se que o protagonista representa um sujeito silenciado e oprimido, vivenciando situações onde forças opressoras convergem para a manutenção da sua condição subalterna. Constata-se ainda, na figura de Zeca, a emergência de um sujeito deslocado, vivendo no entre-lugar teorizado por Homi Bhabha, atuando para diminuir o sofrimento do protagonista.

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Publicado
2016-11-11
Como Citar
Paiva, P. (2016). A-cor-de Angola: conceitos e preconceitos “Zito Makoa, da 4ª classe”, de Luandino Vieira. Litterata: Revista Do Centro De Estudos Hélio Simões, 6(1), 107-122. https://doi.org/10.36113/litterata.v6i1.1215