O nome próprio histórico como meio argumentativo nos discursos epidíticos sobre a arte
Resumo
Neste artigo, propomos analisar o funcionamento e o papel argumentativo do nome próprio nos discursos sobre a arte, a partir de corpus constituído por livros de ouro e textos de exposição: “Renoir no século XX” (Museu Grand Palais, 2009-2010) e “Picasso e os mestres” (Museu Grand Palais, 2008-2009). O caráter epidítico desses discursos apoia-se frequentemente numa filiação construída pela obra de arte, num dialogismo pictural que se manifesta, ao mesmo tempo, na obra, por suas múltiplas fontes de inspiração, e nos discursos, pela convocação de nomes próprios célebres. Porque os nomes dos pintores ilustres têm um referente inicial (re)conhecido, constituído por um conjunto, fixado nas memórias, de conhecimentos partilhados, a convocação desses nomes em discursos (em partilha com outro nome próprio ou como fonte enunciativa de propósitos relacionados) efetua-se com fins argumentativo e declarativo, tendo em vista afirmar o carácter exemplar de uma obra de arte.Downloads
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