Imagens discursivas da exterioridade lírica drummondiana
Resumo
Este artigo pretende (i) ressaltar na obra Antologia poética, de Carlos Drummond de Andrade (1998), que o autor, ao falar do cotidiano e do presente-passado utilizando uma linguagem lúdica, mas puramente artesanal - que não se fixou numa corrente estética apenas -, não deixou de ser o intelectual preocupado com a difusão da arte; (ii) e demonstrar como Drummond transformou a lírica pessoal em um discurso que reflete ressonâncias coletivas a partir das imagens suscitadas nas leituras dos poemas. Para tal, far-se-ão análises de alguns poemas a fim de possibilitar o acesso à linguagem complexa dos discursos, partindo de um referencial teórico-analítico da área de Linguística, considerando aspectos estéticos, retóricos e ideológicos. Alguns teóricos a serem utilizados neste texto são: Aumont (2012), Bakhtin (2000), Maingueneau (2004), Mendes (2010), dentre outros. Trabalharemos, neste estudo, com a hipótese de que a preocupação de Drummond (1998) era tão profunda, que ele vivencia o eu do outro de um modo totalmente diferente daquele como vivencia seu próprio eu. De uma maneira geral, Carlos Drummond “absorve” o mundo externo e por não saber, às vezes, quem é, será vários: Carlos, José, Robinson Crusoé ... gauche.
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