Argumentação retórica na literatura epistolar da Antiguidade

  • Manuel Alexandre Júnior Universidade de Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Retórica. Epistolografia. Retórica Epistolar. Crítica Retórica.

Resumo

Mais familiar e espontânea que a oratória, a epistolografia tendeu na antiguidade a seguir as mesmas regras. A cultura geral de base era retórica no mundo greco-romano, e a carta limitou-se a tirar proveito dela tanto na estruturação lógica dos conteúdos como na sua elaboração final. A lógica de argumentação que modelou o processo de escrita epistolar no período helenístico tendeu, pois, a ser a mesma sob a influência soberana do código retórico. As epístolas aqui analisadas o provam. Na forma como no conteúdo, no género como na espécie, o recurso às convenções retóricas é uma constante. No discurso epistolar de Isócrates a Nícocles, na carta de consolação de Séneca a Lucílio (7.63), e na epístola paulina de exortação aos Gálatas a evidência é a mesma. Textura argumentativa e raciocínio lógico operam juntos como um todo, incorporando estratégias de argumentação e persuasão. Os três dão testemunho, cada um a seu modo, da clara influência da retórica sobre a literatura epistolar.

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Publicado
2015-07-17
Como Citar
Alexandre Júnior, M. (2015). Argumentação retórica na literatura epistolar da Antiguidade. Revista Eletrônica De Estudos Integrados Em Discurso E Argumentação, 8(1), 166-187. Recuperado de https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/612
Seção
Artigos