Ideologia, discurso e estudos culturais: a contribuição de Michel Pêcheux
Resumo
Em seu artigo investigativo “What Is Cultural Studies Anyway?”, Richard Johnson (1987 [1999], p. 59) equipara a linguística a uma “arca do tesouro vantajosa aos estudos culturais”, que apenas agora tem conseguido se recuperar de seu abandono no terreno de uma “enorme mística tecnicista e um profissionalismo acadêmico”. Talvez essa não seja exatamente uma descoberta, mas não é de hoje que os adeptos dos estudos culturais dão atenção à linguística, graças a suas constantes reivindicações por um campo de autonomia ou cientificidade descritiva, e também graças a suas tendências a um formalismo a-histórico, entre outras características. Afinal, foi exatamente esse tipo de restrição fundamental que fomentou os estudos culturais a adotarem, desde o início, uma variante saussuriana da semiótica, sempre que havia algum entrave com a materialidade da componente linguística dos fenômenos culturais.
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