A dimensão cognitiva da paixão em aristóteles

  • Christiani Margareth de Menezes e Silva Universidade Estadual de Santa Cruz

Resumen

Aristóteles é considerado um dos primeiros pensadores a procurar entender a dimensão irracional humana. Encontramos, no livro II de sua Retórica, um estudo sobre as paixões (pathe) que se tornou paradigmático em sua obra, especialmente por esclarecer como a cognição relaciona-se com elas. Na Retórica, as paixões são consideradas uma das três pisteis entechnai, uma das premissas do entimema (silogismo retórico), constituindo-se em enunciado da argumentação retórica como o assunto (pragma) do discurso, ao qual se referem os gêneros oratórios. Ao considerar que as paixões afetam o julgamento, Aristóteles procura compreender racionalmente aquilo que é da ordem do irracional, ampliando o campo da retórica, precisando, assim, o logos da persuasão. Tal análise aristotélica terá repercussões em diversos setores de suas investigações, como em sua psicologia, poética, ética e política. Este artigo tem o objetivo de apresentar a argumentação aristotélica a este respeito, principalmente a partir de suas reflexões na Retórica.

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Publicado
2015-04-08
Cómo citar
Silva, C. (2015). A dimensão cognitiva da paixão em aristóteles. Revista Eletrónica De Estudios Integrados En Discurso Y Argumentación, 4(1), 13-23. Recuperado a partir de https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/417
Sección
Artículos