A produção de paráfrase sob o viés da Semântica Argumentativa

A argumentação interna

Palavras-chave: Paráfrase, Discursos de divulgação científica, Teoria dos Blocos Semânticos, Argumentação interna

Resumo

Este estudo objetiva demonstrar como a argumentação interna (AI), presente na Semântica Argumentativa, em especial na Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), desenvolvida por Carel e Ducrot, pode auxiliar acadêmicos a produzirem paráfrases, a fim de contribuir com a elaboração de discursos de divulgação científica. Inicia-se esta pesquisa abordando a importância da paráfrase para esses discursos, bem como falando sobre o quão complexo é parafrasear, já que duas habilidades principais são requeridas para a produção de paráfrase: compreensão leitora e produção escrita. A partir disso, são apresentadas algumas definições de paráfrase, assim como alguns dos problemas que essas definições apresentam. Em seguida, disserta-se sobre a Teoria dos Blocos Semânticos, em especial sobre o conceito de argumentação interna. Finaliza-se aplicando a AI a discursos de divulgação científica, como forma de demonstrar sua contribuição para a elaboração de paráfrases. A análise apresentada demonstra o potencial da Teoria para auxiliar na produção de paráfrases.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniela Fátima Dal Pozzo, Universidade de Caxias do Sul

Doutoranda em Educação e Mestra em Letras e Cultura pela Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Carina Maria Niederauer, Universidade de Caxias do Sul

Pós-doutoramento em Educação pela Universidade de Caxias do Sul. Doutora em Letras (2015), Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade (2007), graduada em Letras- Licenciatura em Língua e Literatura Portuguesa (2005), graduada em Letras - Secretário Executivo pela Universidade de Caxias do Sul (1987). Professora do corpo permanente do Mestrado Acadêmico em Letras, Cultura e professora do Curso de Letras-Licenciatura,da UCS. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada, atuando principalmente nas seguintes áreas: Linguística Aplicada ao Ensino, Semântica Argumentativa, estudos Saussurianos, Argumentação Jurídica.

Referências

AQUINO, Maria Aparecida de. Relações entre o Estado autoritário, a censura e a imprensa escrita. In: AQUINO, Maria Aparecida de. Censura, imprensa e Estado autoritário (1968-1978): o exercício cotidiano da dominação e da resistência: o estado de São Paulo e movimento. O Estado de São Paulo e Movimento. Bauru: EDUSC, 1999. p. 205-253.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: https://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/nbr10520-original.pdf. Acesso em: 13 jul. 2020.

AZEVEDO, Tânia Maris de. Semântica argumentativa: esboço de uma descrição do sentido do discurso. Cadernos de Pesquisas em Linguística, (PUCRS), Porto Alegre, v. 2, p. 135-150, 2006. Disponível em: https://f.hypotheses.org/wp-content/blogs.dir/4552/files/2019/03/2006-A-sem%C3%A2ntica-argumentativa-e-a-descri%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 10 mar. 2020.

AZEVEDO, Tânia Maris de. Polifonia linguística: uma proposta de transposição didática para o ensino da leitura. Letras de Hoje, Porto Alegrei, v. 51, p. 73, 2016. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/21558. Acesso em: 15 out. 2020.

BRASIL. Constituição (1988). Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1988. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm. Acesso em: 13 jul. 2020.

BRASIL. Relatório síntese de área: Língua Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, 2017. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2017/Lingua_Portuguesa.pdf. Acesso em: 11 nov. 2020.

BRASIL. Saeb 2017 revela que apenas 1,6% dos estudantes brasileiros do Ensino Médio demonstraram níveis de aprendizagem considerados adequados em Língua Portuguesa. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Brasília, 2018a. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/saeb-2017-revela-que-apenas-1-6-dos-estudantes-brasileiros-do-ensino-medio-demonstraram-niveis-de-aprendizagem-considerados-adequados-em-lingua-portug/21206. Acesso em: 15 set. 2020.

BRASIL. Sistema de avaliação da educação básica: documentos de referência versão 1.0. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 2018b. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 22 jun. 2020.

CAREL, Marion. Análise argumentativa do léxico: o exemplo da palavra ‘medo’. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 44, n. 1, p. 26-35, 2009. Disponível em: https://f.hypotheses.org/wp-content/blogs.dir/4552/files/2019/03/An%C3%A1lise-argumentativa-do-l%C3%A9xico.pdf. Acesso em: 17 nov. 2020.

CAREL, Marion. Significação e argumentação. Signo, Santa Cruz do Sul, v. 42, n. 73, p. 2-20, 2017. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/8579. Acesso em: 10 nov. 2019.

CAREL, Marion. As argumentações enunciativas. Letrônica, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 106-124, 2018. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/view/30470. Acesso em: 4 nov. 2019.

DUCROT, Oswald. O dizer e o dito. Tradução: Eduardo Guimarães. Campinas: Pontes, 1987.

DUCROT, Oswald. Polifonía y argumentación. Conferencias del seminario Teoria de la Argumentación y Análisis del Discurso. Cali: Universidad del Valle, 1988.

DUCROT, Oswald. Os internalizadores. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 27, n. 3, p. 7-26, 2002. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/14221/9431. Acesso em: 10 mar. 2020.

DUCROT, Oswald; CAREL, Marion. La Semántica Argumentativa: una introducción a la Teoría de los Bloques Semánticos. Edición literaria a cargo de María Marta Negroni y Alfredo M. Lescano. Buenos Aires: Colihue, 2005.

DUCROT, Oswald; CAREL, Marion. Descrição argumentativa e descrição polifônica: o caso da negação. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 43, n. 1, p. 7-18, 2008. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/download/2865/2804. Acesso em: 01 jun. 2020.

FERNANDES, Márcia. Citação direta e indireta. Toda Matéria. 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/citacao-direta-e-indireta/. Acesso em: 15 abr. 2020.

FLORES, Valdir et al. Dicionário de linguística da enunciação. São Paulo: Contexto, 2009.

FUCHS, Cathérine. A paráfrase lingüística: equivalência, sinonímia ou reformulação. Tradução: João Wanderley Geraldi. Cadernos de estudos linguísticos, Campinas, n. 8, p. 129-134, 1985. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636744. Acesso em: 15 mar. 2020.

ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincando com a gramática. São Paulo: Contexto, 2001.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2016.

SANT’ANNA, Affonso Romano de. Paródia, paráfrase & cia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2004.

VILLAS-BÔAS, Maria Elisa A ortotanásia e o Direito Penal brasileiro. Revista Bioética, 2008, v. 16, n. 1, p. 61-83. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=361533250006. Acesso em: 28 jun. 2020.

Publicado
2023-06-01
Como Citar
Dal Pozzo, D., & Niederauer, C. (2023). A produção de paráfrase sob o viés da Semântica Argumentativa. Revista Eletrônica De Estudos Integrados Em Discurso E Argumentação, 23(1), 128-146. https://doi.org/10.47369/eidea-23-1-3674
Seção
Artigos