Sobre a combinação da Pragma-dialética com a Análise Crítica do Discurso
Resumo
Recentemente, uma ‘fronte’ acadêmica foi aberta entre a Análise Crítica do Discurso (ACD) e o conhecimento argumentativo mais ‘ortodoxo’. Especificamente, em um discurso proferido em uma importante conferência, Žagar (2009) defendeu que os trabalhos de alguns Analistas Críticos do Discurso não apenas fazem o mau uso, como também interpretam erroneamente alguns conceitos centrais da teoria retórica clássica – em particular os topoi – e que permanentemente mancharam a sua convenção analítica por conta de um desencontro fundamental entre os objetivos analíticos e políticos da ACD. A partir de uma postura argumentativa diferente, porém não totalmente irrelacionada, Ie_cu- Fairclough (2010, p. 2) argumentou que a Abordagem Histórica do Discurso para a ACD utiliza a noção de topos “de maneiras que parecem não corresponder” à forma que o topos é definido na retórica clássica. Em vez disso, a própria análise crítica dos discursos público e político feita por Fairclough favorece “uma abordagem que faz uso do aparato altamente técnico e rigoroso da teoria da argumentação a fim de participar da reconstrução e da análise do argumento” (IE_CU-FAIRCLOUGH, 2010, p. 3).
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