O uso avaliativo de narrativas breves na fala argumentativa dos participantes de uma audiência de conciliação no PROCON
Resumo
Este estudo objetiva investigar o uso avaliativo de micronarrativas na fala argumentativa de participantes de uma audiência de conciliação no PROCON. A metodologia é qualitativa e interpretativa (DENZIM, LINCOLN, 2006) e os dados foram transcritos seguindo o modelo Jefferson (LODER, 2008). Para análise, recorremos ao aporte teórico sobre micronarrativas (RIESSMAN, 2001; BAMBERG; GEORGAKOPOULOU, 2008; BASTOS, BIAR, 2015), argumentação interacional (SCHIFFRIN, 1987) e avaliação (LINDE, 1997; SHI-XU, 2000). Narrativas breves são histórias curtas, com tópicos específicos, organizadas em torno de personagens, cenários e enredo (RIESSMAN, 2001). As sequências argumentativas foram identificadas conforme Schiffrin (1987), considerando as partes centrais: posição, disputa, sustentação. Para Linde (1997), a avaliação reflete valores sociais no discurso, indicando o que o locutor reproduz e assume. Nas micronarrativas apresentadas, a avaliação acontece em processo inferencial alcançado pela objetividade de fatos culturais (SHI-XU, 2000). Na fala dos participantes, elas atuam na argumentação para desacreditar a posição do outro.
Downloads
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).