Memória e des-memória discursivas no movimento ciberfeminista

Resumo

O movimento feminista tem ganhado cada vez mais força no ciberespaço, onde o chamado ciberfeminismo (PLANT, 1992) vem se apropriando das ferramentas virtuais disponíveis. A hashtag, enquanto tecnopalavra (PAVEAU, 2017) funciona no ciberativismo enquanto ponto de ancoragem do debate público acerca de determinada temática. O tema do assédio, que faz parte da agenda feminista (HIRATA et al., 2009) será discursivamente analisado a partir da irrupção e circulação da hashtag #metoo, que tomou as redes sociais no final de 2017. Ancorados na Análise do discurso francesa, o corpus será analisado mobilizando as noções de memória e des-memória discursivas (PAVEAU, 2013; 2013a; 2015; 2017) na medida em que sua mobilização instaura a polêmica como interincompreensão (MAINGUENEAU, 2008), gerando uma espécie de dissenso, manifestado a partir de diversas posições enunciativas.

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Biografia do Autor

Julia Lourenço Costa, Universidade Federal de São Carlos

Pesquisadora FAPESP de Pós-doutorado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), processo número 2017/12792-0). Doutora em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP), tendo realizado estágio de pesquisa (Doutorado Sanduíche) na Université Paris-Sorbonne IV, sob a orientação do Prof. Dominique Maingueneau. Mestre em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada em Letras, com licenciatura plena em Português/Inglês pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 

Publicado
2018-12-13
Como Citar
Costa, J. (2018). Memória e des-memória discursivas no movimento ciberfeminista. Revista Eletrônica De Estudos Integrados Em Discurso E Argumentação, 18(1). https://doi.org/10.17648/eidea-18-2196
Seção
Artigos