Habermas e Ducrot: percursos da ética do discurso
Resumo
Os conceitos de argumentação e de polifonia, desenvolvidos por Ducrot, são interpretados como um modo de ação social. É nesse eixo que a discussão empreendida pelo autor insere a ética discursiva filosófica no âmbito dos estudos do discurso, tão fundamental no mundo moderno. A descrição dos interlocutores, o locutor enquanto tal L e o locutor enquanto ser do mundo λ demarcam as posições enunciativas com seus respectivos estatutos sociais e morais. Tal princípio teórico fundamentará a constituição do ethos performativo, relativo ao locutor enquanto ser do mundo λ e ao locutor enquanto tal L, ambos constituintes do que definiremos como ethos ético, delimitados, respectivamente, no Princípio Universal (U) e no Discurso Prático (D), na terminologia de Habermas. Assim, será o Princípio de Universalização (U) que justifica as pretensões de retitude dos Discursos Práticos e reformula a dimensão objetiva para uma realidade intersubjetiva.
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