Impressões da ditadura brasileira na correspondência de Caio Fernando Abreu
Resumo
No prólogo de Escrita de si, escrita da História (2014), Angela de Castro Gomes, discorre acerca de uma nova forma de pensar a correspondência e sobre a relevância que lhe passou a ser dada. Para Gomes, essa escrita integra um conjunto de modalidades do que se convencionou chamar de produção de si no mundo moderno ocidental. Essa denominação pode ser melhor entendida a partir da ideia de uma relação que se estabeleceu entre o indivíduo moderno e seus documentos, pois diários íntimos e memórias sempre despertaram interesse, mas, mais recentemente, ganharam novo impulso. Os tempos modernos consagrariam, então, o lugar do indivíduo na sociedade e essa nova categoria de indivíduo faz com que se transformem as noções de memória, documento, verdade, tempo e história. Através da análise da correspondência ativa de Caio Fernando Abreu, entre 1969 e 1985, utilizando como corpus principal de pesquisa o livro organizado por Italo Moriconi, Caio Fernando Abreu: cartas (2002), e tendo como base norteadora a noção de rastro estabelecida por Walter Benjamin, identificamos a percepção do autor sobre os acontecimentos que se sucediam no Brasil durante o período do Regime Militar.
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