Emoção e falácias: a retórica de Adolf Hitler

  • Eliana Amarante de M. Mendes Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Palavras-chave: Retórica. Hitler. Pathos. Falácias

Resumo

A despeito das desordens da personalidade de Hitler, temos que reconhecer que ele foi um dos maiores oradores da história. Winston Churchill, talvez o mais notável de seus adversários, reconheceu que sua oratória era insuperável. Além de ter sido dotado de uma aptidão inata para a oratória, conhecia muito de retórica e soube dela se utilizar em sua propaganda política, buscando subsídios nos clássicos, principalmente em Cícero. Para Hitler, a persuasão deveria ser dirigida principalmente às emoções e muito pouco à razão, pois a grande maioria da população teria uma natureza feminina: seus pensamentos e ações seriam determinados mais pelos sentimentos do que pela lógica. Além da persuasão pelo pathos, ou se sobrepondo a ela, a estratégia retórica de Hitler era eivada de argumentação contenciosa, falaciosa. Não se pode negar que ele atingiu plenamente seus objetivos, a adesão incontestável de seu auditório. Neste trabalho, pretendo mostrar exemplos autênticos do uso dessas estratégias retóricas utilizadas por Adolf Hitler.

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Publicado
2015-04-08
Como Citar
Mendes, E. (2015). Emoção e falácias: a retórica de Adolf Hitler. Revista Eletrônica De Estudos Integrados Em Discurso E Argumentação, 4(1), 24-34. Recuperado de https://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/418
Seção
Artigos