Discurso e má fé: do elogio à perversidade. Estratégias retóricas em campanhas políticas eleitorais
Resumo
Partindo das formulações da retórica clássica e procedendo ao seu reexame nas teorias mais recentes, examinar-se-á a questão do ataque pessoal, o ad hominem, em discursos de natureza política, especialmente os das campanhas eleitorais. Por outro lado, o elogio também funciona como uma das estratégias recorrentes nesse tipo de discurso, visando não só a adesão do público, mas ao equilíbrio das relações interpessoais. Embora opostos, esses argumentos conjugam-se habilmente nas palavras dos oradores. Estabelece-se, então, uma escala que pode se deslocar do elogio ao ad hominem e chegar às raias da perversidade e até da execração, sob as formas da calúnia e da difamação, razão pela qual os debates de campanhas eleitorais se estruturam de forma a impedir que tal aconteça. Conceitos como os de modéstia afetada, de sinceridade, de mentira útil mesclam-se a tudo isto, o que requer um estudo das falácias num sentido mais amplo.Downloads
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