Escravidão e cor nos censos de Porto Feliz (São Paulo, Século XIX)
Resumo
O trabalho analisa o modo como a escravidão influenciou o registro da cor na vila de Porto Feliz, capitania/província de São Paulo, entre 1798 e 1843, período desenvolvimento da economia canavieira. Então, a população cativa, sobretudo de origem africana, cresceu vertiginosamente, o que reordenou os termos classificatórios de cor. Observa-se que ao crescimento do contingente cativo correspondia a maior caracterização dos livres como brancos. Por outro lado, a posição das pessoas no domicílio também influenciava no registro da cor. Chefes de domicílio, sua esposa e seus filhos tendiam a ser registrados como brancos, agregados como mulatos e escravos como negros. Portanto, a cor expressa uma posição social. Para realizar o estudo, utiliza-se como fontes listas nominativas e mapas de habitantes da vila de Porto Feliz para os anos situados entre 1798 e 1843.
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