Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas
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<p><span style="font-weight: 400;">A Revista Especiaria - Cadernos de Ciências Humanas [ISSN Eletrônico: 2675-5432; ISSN Impresso: 1517-5081] existe desde 1998, recebe artigos, resenhas e traduções de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, em português, inglês, francês, </span><span style="font-weight: 400;">italiano</span><span style="font-weight: 400;"> ou espanhol, da grande área de ciências humanas, se apresentando assim como uma revista interdisciplinar. As submissões seguem fluxo contínuo, através de demanda livre e convite editorial, incluindo propostas de dossiês temáticos, artigos, resenhas, entrevistas e traduções que difundam o conhecimento científico.</span></p>Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)pt-BREspeciaria: Cadernos de Ciências Humanas1517-5081A semântica husserliana no contexto da linguística turn
https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/3735
<p class="western">Neste artigo, pretende-se situar a semântica husserliana no contexto da <em>linguistic turn</em>, preservando a especificidade do seu método e do seu idealismo transcendental. A partir da sua teoria do signo e de unidade ideal da espécie, o problema constitutivo implícito na intenção de significação conduz a análise à dimensão da fenomenologia genética e ao mundo da vida, matriz de todo sentido, onde a proposta husserliana pode concorrer com a corrente analítica e pragmática na atual tarefa da filosofia.</p>Sanqueilo de Lima SantosAthos Vieira AlvesBeatriz Ernestina dos Santos
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2023-06-062023-06-062010.36113/especiaria.v20i0.3735Compreendendo a fenomenologia transcendental de E. Husserl
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<p>Diante das dificuldades que envolvem a análise e o exercício do pensar próprios da fenomenologia pura, quando exige do estudante e do professor um nível de inteligibilidade distante do modo natural de pensar, busca-se apresentar aqui uma via metodológica de discussão que visa conduzir a um movimento didático de reflexão em vista de uma compreensão introdutória à fenomenologia transcendental de E. Husserl. Parte-se de informações históricas do debate científico-filosófico e epistemológico presente no ambiente cultural europeu do séc. XIX e início do séc. XX, onde se destaca a controvérsia em torno do psicologismo e antipsicologismo, e de informações histórico-conceituais motivadoras do percurso investigativo husserliano. A partir daí é que são apresentados os principais conceitos estruturadores da fenomenologia pura de Husserl, que requer, para compreendê-la, uma radical mudança de hábito no modo de ser do pensar natural.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Fenomenologia. Fenômeno. Fenomenologia transcendental. Intencionalidade.</p> <p> </p>José Luiz de França Luiz França
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2023-07-192023-07-192010.36113/especiaria.v20i0.3757A estética pré-rafaelita em “Melancolia” de Lars Von Trier
https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/3812
<p><em>Melancolia</em> (2011), filme de Lars von Trier, é uma ampliação do tradicional enredo <em>sci-fi</em>, pois se alicerça mais em uma investigação estética do comportamento humano frente ao extermínio e menos na promessa do progresso racionalista e tecnológico. Desse modo, o filme parece se apresentar como uma chave esteticamente crítica do fracasso desse ideal. A narrativa, enraizada no choque entre a Terra e um misterioso planeta chamado Melancolia, faz paródias significativas de obras pré-rafaelitas. Desse modo, este artigo deseja elencar os múltiplos momentos intertextuais elaborados por Trier, assim como analisar os efeitos de sentido advindos da intertextualidade que se mostra pilar da forma cinematográfica de <em>Melancolia</em>. Para tanto, a investigação se alicerça nos pressupostos de Julia Kristeva (1974) sobre intertextualidade, de Linda Hutcheon (1989) sobre paródia e Mario Praz (1982) sobre comparação interartística. Ao invocar uma estética pré-rafaelita, Trier convoca igualmente sua filosofia de retorno, de paródia pictórica e literária, enfatizando a necessidade de se combater concepções mecânicas e estéreis sobre o humano por meio da linguagem interartística.</p>Gabriela Sá Pauka
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2023-08-102023-08-102010.36113/especiaria.v20i0.3812Proteção do conhecimento das comunidades tradicional e governança do patrimônio genético no Brasil
https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/3850
<p><strong>Resumo</strong>: Este estudo investiga a proteção do Conhecimento Tradicional Associado (CTA) à biodiversidade brasileira e a participação das comunidades tradicionais no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen) conforme a Lei Federal nº 13.123/15. A partir de uma abordagem histórica dos recursos genéticos e biodiversidade no Brasil, com base na Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), o estudo revisa a regulamentação da Lei nº 13.123/2015 e destaca lacunas na proteção dos conhecimentos tradicionais associados e as alterações no formato e composição do CGen. A Lei Federal nº 13.123/15 é considerada um marco para a proteção da biodiversidade e patrimônio genético, mas requer melhorias no tratamento do CTA. O objetivo principal nesse trabalho é analisar a representatividade das comunidades tradicionais no CGen, conforme estabelecido pelo Capítulo II, Art. 6º da Lei nº 13.123/15. Como resultados indicam que a legislação garante a participação desses grupos no processo de governança, porém desafios na efetiva inclusão e participação ativa são identificados. Este estudo contribui para a compreensão da legislação ambiental brasileira sobre o CTA e destaca a relevância da participação das comunidades tradicionais no CGen, as lacunas identificadas apontam para a necessidade de avanços na regulamentação para melhor proteger e conservar a biodiversidade, promovendo uma relação mais equilibrada entre o desenvolvimento humano e a preservação do meio ambiente.</p> <p> </p> <p>Palavras-chave: Conhecimento Tradicional Associado, Lei 13.123/15, Biodiversidade, CGen, Comunidades Tradicionais.</p> <p> </p> <p><strong>Abstract</strong>: This study investigates the protection of Associated Traditional Knowledge (CTA) to Brazilian biodiversity and the participation of traditional communities in the Genetic Heritage Management Council (CGen) in accordance with Federal Law nº 13.123/15. From a historical approach to genetic resources and biodiversity in Brazil, based on the Convention on Biological Diversity (CBD), the study reviews the regulation of Law nº 13.123/2015 and highlights gaps in the protection of associated traditional knowledge and changes in the CGen format and composition. Federal Law nº 13.123/15 is considered a milestone for the protection of biodiversity and genetic heritage, but requires improvements in the treatment of CTA. The main objective of this work is to analyze the representation of traditional communities in the CGen, as established by Chapter II, art. 6 of Law No. 13.123/15. As results indicate that the legislation guarantees the participation of these groups in the governance process, however the challenges in the effectiveness of the inclusion and active participation are identified. This study contributes to the understanding of Brazilian environmental legislation on the CTA and highlights the tradition of participation of traditional communities in the CGen, the identified gaps point to the need for advances in regulation to better protect and conserve biodiversity, promoting a more balanced relationship between human development and preservation of the environment.</p> <p> </p> <p>Keywords: Associated Traditional Knowledge, Law 13.123/15, Biodiversity, CGen, Traditional Communities.</p>Rhadson Rezende MonteiroCamila Rosa Silva da CruzBeatriz Santos França
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2023-09-262023-09-262010.36113/especiaria.v20i0.3850Linguagem e intersubjetividade em Donald Davidson e Merleau-Ponty
https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/4008
<p><strong>: O escopo deste artigo é argumentar que uma comparação entre o filósofo francês Maurice Merleau-Ponty e o americano Donald Davidson nos dá uma grande oportunidade de avançar ainda mais no diálogo entre as tradições continental e analítica. A partir das noções de <em>linguagem </em>e <em>intersubjetividade </em>procura-se mostrar que, embora as diferenças entre esses dois autores já foram amplamente discutidas na literatura acadêmica, suas semelhanças permanecem ignoradas em muitos aspectos importantes. Nossa argumentação terá como fio condutor pensar </strong><strong>a relação entre a percepção e o mundo das operações linguísticas.</strong></p>Antonio Balbino Marçal Lima
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2023-11-222023-11-222010.36113/especiaria.v20i0.4008A noção de Liberdade em Ser e Tempo de Martin Heidegger
https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/3902
<p>Este trabalho tem por intenção explorar a noção de liberdade em “Ser e Tempo” de Martin Heidegger. Nós damos início à investigação com a análise da retomada da questão ontológica e a introdução do conceito de Dasein, em seguida, destacamos a constituição ser-no-mundo e os elementos que a compõem. O cuidado é apresentado como um conceito central, revelando a estrutura do Dasein, e a angústia é discutida como uma disposição fundamental que perturba a significatividade do ser-no-mundo, levando à reflexão sobre o “lugar” da liberdade em “Ser e Tempo” e suas implicações fenomenológico-hermenêuticas.</p>Rogério TolfoFlávia Silva Brasil
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2023-11-272023-11-272010.36113/especiaria.v20i0.3902História, Memória e Ciência:
https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/3814
<p>O Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) decidiu pela recriação da sua revista científica Especiaria. De maneira reconfigurada e utilizando apenas o formato digital estabeleceu o modelo anual, através de fluxo contínuo, com a possibilidade de dossiês temáticos e artigos de demanda livre. Nada impediria, portanto, que seguíssimos daqui. Porém a ideia de um registro da trajetória da revista, no formato de entrevistas, foi lançada, uma vez que ela não nasce no DFCH e sim na UESC, no ano de 1998, ou seja, há 25 anos. Para efetivação dessa tarefa teríamos que recorrer à memória. Não à minha memória, mas a de muitos que fizeram parte dessa história.</p> <p>Ousando parafrasear Antoine-Laurent de Lavoisier, que proferiu o célebre pensamento “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, encampamos a ideia e estamos aqui em momento de recriação. Vivemos em processo. Portanto, para entender algumas realidades devemos voltar um pouco no tempo e enxergar como algumas histórias começaram. Nem sempre o presente é causa do passado nem terá o futuro como consequência, mas conhecer a linha do tempo nos dá visibilidade da trajetória percorrida, bem como nos possibilita destacarmos a colaboração de alguns colegas em iniciativas pioneiras.</p> <p> </p>Maria Luiza Silva Santos
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2023-06-052023-06-0520