Quem botou grife no acarajé?
Resumo
O presente artigo apresenta considerações a respeito das representações que produziram o acarajé como ‘comida típica’ de um grupo religioso (o candomblé) e de uma localidade (a Bahia). Tais representações são foco de disputa religiosa entre evangélicos e afro-brasileiros, aquecendo o mercado em que há igualmente concorrência da legitimidade em torno do conceito de tradição. Grupos e discursos que utilizam o conceito de ‘tradição’ aparecem como atores no processo do tombamento do quitute como ‘patrimônio cultural’, incrementando as vendas e o turismo cultural em diversos pontos que comercializam a comida por diferentes locais do país, com a ‘grife’ made in África ou made in Bahia.
Downloads
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam na Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos e concedem à revista o direito exclusivo de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado simultaneamente sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY), que permite o compartilhamento e adaptação do trabalho, desde que a autoria e a publicação original nesta revista sejam devidamente reconhecidas.
A menção de Copyright © Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas refere-se ao fato de que a revista detém os direitos relacionados à publicação e à distribuição do conteúdo publicado, mas não restringe os direitos autorais retidos pelos autores.
Os autores têm permissão e são incentivados a compartilhar e distribuir seus trabalhos on-line (ex.: em repositórios institucionais, redes acadêmicas ou suas páginas pessoais), pois isso pode contribuir para um impacto maior e um aumento das citações do trabalho publicado.
Qualquer reutilização ou redistribuição do trabalho por terceiros deve seguir os termos da Licença CC BY, garantindo o devido crédito aos autores e à Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas (Veja O Efeito do Acesso Livre).