A fruição nos novos museus

  • Ricardo Nascimento Fabbrini
Palavras-chave: Museu, Fruição, Arte contemporânea, Curadoria, Pós-modernidade

Resumo

Para caracterizar o modo usual de percepção da arte nas grandes exposições e nos “novos museus”, dos anos 1980 aos anos 2000 o texto confronta as concepções de fruição artística de Paul Valéry, Walter Benjamin, Theodor Adorno, e Jean Baudrillard, entre outros. Examina a importância crescente adquirida pela arquitetura desses museus nesse período, ao ponto dela própria ser considerada pelo público e parte da crítica como obra de arte, e não apenas como construções, no sentido tradicional, destinadas a abrigar acervos. Constata ainda em que medida os novos museus teriam realizado o projeto moderno de estetização da vida uma vez que nele tudo aparece como “estético”: sua arquitetura escultural; a exposição de suas obras em montagens cenográficas e a própria sociabilidade de seu interior. Por fim, verifica como o fruidor e o crítico que resistem à generalização do estético podem contribuir para preservar, nesse contexto, a experiência da negatividade da arte.

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Publicado
2015-10-01
Como Citar
Fabbrini, R. (2015). A fruição nos novos museus. Especiaria: Cadernos De Ciências Humanas, 11(19), 245-270. Recuperado de https://periodicos.uesc.br/index.php/especiaria/article/view/733