Kant e a arte contemporânea
Resumo
Este texto visa apresentar a atualidade da Estética de Kant. Ele será dividido em duas partes: na primeira, tentarei caracterizar as condições de possibilidade da arte contemporânea; na segunda, muito próxima do livro de Thierry de Duve, Kant after Duchamp, relacionando o juízo deduviano “Isto é arte?” ao juízo reflexionante estético de Kant, tentarei demonstrar que, acima de tudo, o legado da reflexão continua em vigor e não se intimida diante da arte chamada “pós-moderna”. Ainda nessa última parte do texto, reconhecendo que o juízo é a inegável marca da Estética kantiana/ deduviana, ensaiarei uma “reconstrução” da noção de juízo, propondo um julgar que converge para a crítica imanente, ao contrário dos Românticos (Schlegel; Novalis) e Benjamin na esteira deles, que entenderam o juízo como oposto ao princípio da crítica.