Freguesias de índios na Capitania de Ilhéus: instituição e extinção da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos índios Grens, 1759-1814
Resumo
O artigo analisa a instituição da freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos índios grens do Almada em 1759, acompanhando os percalços dos párocos e a resistência dos índios até a extinção em 1814. Uma freguesia integrava a estrutura eclesiástica do Estado português sob a administração da Mesa de Consciência e Ordens, órgão do governo central encarregado de todos os negócios concernentes ao funcionamento das igrejas no reino e nos domínios, incluindo as estabelecidas nas aldeias dos índios após a expulsão dos jesuítas. Visando a compreensão das mudanças estruturais envolvendo os povos indígenas com relação à esfera eclesiástica, analisa-se a legislação integracionista decretada em 1755 e implementada na Capitania de Ilhéus em 1758. Na jurisdição religiosa de uma freguesia, os párocos eram os agentes do rei e da igreja católica, gerenciando as questões da consciência, da moral, dos costumes e da alma de acordo com os preceitos do cristianismo ocidental. Os moradores dentro de jurisdição correspondente eram caracterizados como fregueses, e, na freguesia analisada, eram os índios grens.
Downloads
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Attribution 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).