Nas veias da Justiça de Transição: Marcas da Memória e Caravanas da Anistia. Rumos à reparação
Resumo
A Comissão de Anistia foi criada em 2002 amparada na Lei 10559 para trazer justiça às vítimas da Ditadura Militar brasileira. A necessidade de justiça às vítimas da Ditadura não se encerrou com suas mortes durante o regime ou mesmo da dos sobreviventes. Suas memórias e de seus familiares anseia por mecanismos de reparação desde a inaplicabilidade da Lei de Anistia de 1979 que distorceu os fatos para seguir com a História. A Lei 10559, a Comissão de Anistia, o projeto Marcas da Memória e as Caravanas da Anistia, os dois últimos como objetos desse trabalho, são analisados em suas representatividades e metodologias para compreender a relevância e carências dos mecanismos de reparação da tardia Justiça de Transição que possuímos. Nossa análise se baseia na descrição da 69ª edição da Caravana da Anistia em Belo Horizonte em 2013 e na entrevista de 2011 do militante sobrevivente Adalberto Arruda Silva ao projeto Marcas da Memória, da UFPE.
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Referências
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