Projeto Semente Crioula: um relato de experiência sobre as ações de extensão em colaboração com comunidades quilombolas da Chapada Diamantina
Resumo
Este é um relato de experiência sobre as ações do projeto de extensão Semente Crioula do Campus IFBA-Seabra. O projeto visa a promoção da oferta e permanência de estudantes quilombolas no Campus. O nosso principal foco foi apresentar os principais resultados e desafios da edição de 2020, quando o Semente Crioula operou de forma remota devido à pandemia de COVID-19. A abordagem teórico-metodológica centra-se na abordagem comunicativa da extensão de Paulo Freire. As etapas de execução do projeto em 2020 foram: a pesquisa diagnóstica através de formulários e entrevistas semiestruturadas seguidas pela oferta de atividades contextualizadas baseadas nos temas levantados pelos instrumentos de coleta de dados. O projeto conseguiu promover as inscrições da maioria dos estudantes quilombolas das escolas parceiras no Processo Seletivo do IFBA, mas nenhum foi aprovado. Também promoveu ações para manter o vínculo com estudantes quilombolas e assim combater a evasão.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018. CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não- -ser como fundamento do ser. 2005. 339 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Letras da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
CARVALHO, Ana Paula Comin de. Reflexões sobre experiências de racismo institucional e ambiental de comunidades remanescentes de quilombos do Recôncavo da Bahia. Cadernos do Lepaarq, [s.l.], v. XVI, n. 31, p. 67-78, 2019.
CARVALHO, João Jorge de. Encontro de Saberes e Descolonização: para uma refundação étnica, racial e epistêmica das universidades brasileiras. In: BERNADINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSSFOGUEL, Ramón (org.) Decolonialidade e Pensamento Afrodiaspórico. Belo Horizonte: Editora autêntica, 2018.
SILVA, Givania Maria da. As diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola e o currículo da educação básica. Educon, [s.l.], v. 10, n. 1, p. 1-19, set. 2016. FANON, Fanon. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: SciELO-EDUFBA, 2008.
FERREIRA, Suiane Costa. Apartheid digital em tempos de educação remota: atualizações do racismo brasileiro. Interfaces Científicas, [s.l.], n. 1, v. 10, p. 11-24, 2020.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
GOMES, Nilma Lino. Educação Escolar Quilombola. 2013. (14m41s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?- v=MDhbq-NMpAI&t=313s. Acesso em: 26 ago 2018.
GOMES. Nilma Lino. Educação e Relações Raciais: Refletindo sobre Algumas Estratégias de Atuação. In: MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o Racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. GOMES, Nilma Lino. Diversidade étnico-racial Por um projeto educativo emancipatório. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 2, n. 2-3, p. 95-108, jan./dez. 2008.
GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem fronteiras, [s.l.], v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.
GUEDES, Azamor Coelho. O racismo e seu enfrentamento na escola e no trabalho: Processos de escolarização e profissionalização de jovens quilombolas da Chapada Diamantina-BA. 2018. 194 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira, 2018.
MOORE, Carlos Wedderburn. O racismo através da história: da antiguidade à modernidade. São Paulo: Editora UNESP, 2007 MOURA. Glória. Direito à diferença. In: MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o Racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. São Paulo: Vozes, 1999.
MUNANGA, Kabengele. Superando o racismo na escola. [s.l.]: UNESCO, 2005.
PEREIRA, Alexandre Barbosa. Muitas palavras: a discussão recente sobre juventude nas Ciências Sociais. Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, São Paulo, n. 1, 2007.
PIZA, Edith. Porta de vidro: entrada para branquitude. In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida da Silva (org.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
PORTELA, Ana Carla Lima. Tabuleiro identitário: o quase do racismo à brasileira e sua encruzilhada quilombola no IFBA do território de identidade da Chapada Diamantina. 2017. 183 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2017. RATTS, Alex. Eu sou atlântica. Sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto Kuanza, 2007.
RIBEIRO, Jeovangela Matos Roa. Singularidades e diversidades socioculturais na educação profissional: um estudo da identidade estudantil no IFBA - Campus Seabra. 2017. 152 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade do Estado da Bahia. Jacobina: 2017. SANTOS, Antonio. Bispo. A terra dá. a terra quer. São Paulo: Ubu Editora, 2023.
SANTOS, Dyane Brito Reis. Para além das cotas: a permanência de estudantes negros no ensino superior como política de ação afirmativa. 2009. 215 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação, [s.l.], v. 30, n. 63, 2007.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: Hip Hop. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos no ensino médio. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1996. VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Copyright (c) 2024 Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Attribution 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).