Evidência arqueológica de ressignificação simbólica: a cerâmica de decoração espiralada de Maragogipinho, Bahia

  • Samuel Lira Gordenstein

Resumo

O artigo apresenta um estudo de caso sobre um símbolo usado numa importante categoria de cultura material associada às práticas mágico-religiosas afro-brasileiras, a cerâmica. A partir da descoberta em pesquisa arqueológica de recipientes cerâmicos decorados com espirais, com provável origem no Recôncavo baiano, analisa-se o seu contexto de manufatura e uso. Esta análise sugere que a cerâmica, de extrema popularidade e fabricada há mais de 200 anos, têm nos padrões decorativos portugueses a sua maior influência. Contudo, em pelo menos um caso há indícios de reapropriação do símbolo espiral, no contexto de práticas associadas à cultura afro-brasileira.

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Publicado
2019-12-09