Inventariando a natureza na Bahia Atlântica Colonial: um olhar sobre as remessas naturais nos Anais da Biblioteca Nacional (1786-1807)
Resumo
Este artigo objetiva estudar os registros das remessas de produções naturais da Capitania da Bahia para o mundo atlântico, especialmente a cidade de Lisboa. Tais remessas eram cuidadosamente registradas no dia a dia do Governo colonial e estão presentes no inventário dos documentos relativos ao Brasil existentes no Arquivo de Marinha e Ultramar, no período compreendido entre Fevereiro de 1786 a Agosto de 1807, que atualmente compõem os volumes 34, 36 e 37 dos Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Analisando 18.373 documentos listados em ordem numérica com detalhada titulação e grande padronização, foi possível uma observação serial dos temas, sujeitos, instituições e datas envoltos nos documentos de remessas. Após a análise, organizamos um guia específico para as fontes que faziam referência ou a remessas ou a informações acerca de qualquer produção natural inseridas entre os três Reinos da natureza. Além disso, organizamos um guia adicional de fontes relativo às “Memórias”, relatórios quase sempre elaborados à luz da Filosofia Natural e destinados aos circuitos letrados ou aos produtores coloniais. O recorte temporal adotado, que coincide com os três volumes indicados (34, 36 e 37) baseia-se em estudo maior que identifica este período (1786-1808) como um intervalo estratégico para a observação de políticas naturais no universo colonial lastreado pela Filosofia Natural, campo científico que balizava naturalistas e agentes públicos do Real serviço a se ocuparem das remessas naturais.
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