Dieta anticolonialista à base das nossas raízes: miúdos metafísicos europeus e enlatados pragmáticos americanos fazem mal à saúde
Resumo
Nesse ensaio, recorrendo à analogia de um jantar recital, eu proponho uma desintoxicação do ‘mal-estar na civilização’ por meio da substituição da dieta à base de enlatados pragmáticos norte-americanos e miúdos metafísicos europeus (e.g.: “Chef” Bruno Latour, um dos grandes responsáveis pela “anemia política” disseminada na academia, costuma ser adotado como cardápio principal em muitas linhas de pesquisa no Brasil e na América Latina) por uma rica em nossas próprias raízes, tais como aquelas referentes ao pensamento social contra-hegemônico (Lélia Gonzalez, Silvia Cusicanqui, Djamila Ribeiro, entre outras) e à cultura popular (Elza Soares, Conceição Evaristo e Luedji Luna, entre outras); o que não significa virar as costas para o Velho Mundo, sob pena de reproduzir o que ele tem de pior em termos de rechaço à alteridade, pois ainda podemos manter uma interação edificante com as tradições marxista e hermenêutica (para ficar nos dois exemplos presentes no texto), bem como dialogar com autores da verve de uma Silvia Federici e da aura de um Walter Benjamin.
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