Hermenêutica e subjetividade em Kierkegaard e Foucault

  • Jorge Miranda de Almeida
  • Hugo Pires

Resumo

Problematizar e provocar o(a) leitor(a) em torno da constituição da categoria da subjetividade em Kierkegaard e Foucault, especialmente no deslocamento que o pensador francês realiza a partir de 1984, quando, retomando Sêneca e o cuidado de si, elabora uma aproximação muito próxima da interioridade, estabelecida pelo autor de O conceito de ang€stia. Portanto, o sujeito encontra na subjetividade elaborada (não se trata de qualquer tipo de subjetividade) condições de tornar-se uma singularidade capaz de escolher tornar-se isso ou aquilo. Dessa maneira, os dois pensadores extrapolam a filosofia do conceito e colocam em movimento o ato de filosofar como uma reduplicação existencial de cuidar de si para ser capaz de cuidar do outro, como está desenvolvido na aula de 27 de Janeiro de 1982, pois, segundo Foucault, “para que a prática de si alcance o eu por ela visado, o outro é indispensável”. Da mesma maneira, Kierkegaard, em As obras do amor: “a característica da maturidade e da consagração ao eterno é o querer compreender que o ‘eu’ nada tem a significar se ele não se torna o ‘tu’.”

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Biografia do Autor

Jorge Miranda de Almeida

Professor Titular do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas, DFCH-UESB

Hugo Pires

Doutor pelo Programa de P½s-Graduaç΄o em Mem½ria: Linguagem e Subjetividade - UESB

Publicado
2018-09-26