Como práticas ESG (Environmental, Social and Governance) em empresas de capital aberto afetam a percepção do investidor

Resumo

A luta pela preservação ambiental e por direitos humanos nasceu dos movimentos sociais, sensibilizou organizações internacionais e chegou ao mercado financeiro. Com a promessa de promover o desenvolvimento sustentável, direcionando recursos de investidores para empresas comprometidas com esses valores, o mercado financeiro oferece uma gama de índices compostos por ações de empresas ancoradas no tripé ESG: Environmental, Social and Governance. No âmbito ambiental, está em voga a noção de “capitalismo verde”, com empresas lucrando com a venda de créditos de carbono e promovendo a sustentabilidade mediante rigorosa compliance na cadeia produtiva. Socialmente, comprometem-se com pautas tais como o antirracismo, o feminismo e os direitos da população LGBTQIA+. Quanto à Governance, há preocupação com a transparência e direitos de acionistas minoritários. A presente pesquisa propõe, a partir de uma revisão bibliográfica, discorrer sobre o ESG e suas vantagens e apresentar uma crítica a fim de demonstrar os objetivos ideológicos imanentes à criação desses indicadores de mercado.