Seria o cosmos obra de um demiurgo inferior, como defendiam os gnósticos?

  • Angela Michelis

Resumo

A situaç΄o cultural do mundo greco-romano no in£cio do per£odo crist΄o apresenta paralelos consider΅veis com a situaç΄o moderna, de acordo com Jonas. Ele concorda com Spengler, que chegou ao ponto de afirmar que as duas eras s΄o “contemporâneas”, no sentido de que s΄o est΅gios idênticos no ciclo de vida de suas respectivas civilizaç¦es. E, de fato, podemos reconhecer que muitos elementos da antiguidade tardia, no per£odo dos primeiros Césares, apresentam semelhanças com a situaç΄o atual. O gnosticismo é um desses elementos, embora possa n΄o ser instantaneamente reconhec£vel como tal devido à complicada elaboraç΄o de s£mbolos. Nos séculos mencionados, o movimento gn½stico, como o cristianismo, foi impulsionado por uma situaç΄o generalizada de crise nas civilizaç¦es anteriores, que afetou muitos lugares, em muitas formas e em muitas l£nguas. A atitude essencialmente dualista que fundamenta o gnosticismo e unifica uma gama de diferentes express¦es surgiu de uma reflex΄o sobre uma experiência humana profundamente sentida. Era o fim da era da afinidade percebida entre o logos do homem e o logos do cosmos, com o homem ocupando um lugar na ordem do todo. Aquele lugar agora parecia mais um acidente irracional, e o sentimento que surgiu no £ntimo do homem era de divis΄o entre o homem e o mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Angela Michelis

Ph.D in Philosophy and Philosophical Hermeneutics, Turin University, Lyceum 

Professor of Philosophy and History and collaborator with Turin University, Italy

Publicado
2018-09-26