Competitividade das exportações baianas destinadas ao Mercosul no período 2012 a 2023

Palavras-chave: Especialização tecnológica, Competitividade, Bahia, Mercosul

Resumo

A Bahia consolidou-se como o principal Estado exportador da região Nordeste, tanto nas transações comerciais globais quanto nas realizadas com os países-membros do Mercosul. Considerando o potencial de ampliação da competitividade das exportações baianas nesse bloco econômico, o presente estudo tem como objetivo analisar a especialização tecnológica da economia baiana por meio da avaliação da competitividade de suas exportações para o Mercosul no período de 2012 a 2023. Para tanto, utilizou-se a taxonomia de Pavitt como base para a classificação das exportações segundo a intensidade tecnológica dos setores industriais, sendo os agrupamentos resultantes analisados com o apoio de indicadores como o Índice de Contribuição ao Saldo Comercial (ICSC), o Índice de Vantagem Comparativa Revelada de Vollrath (IVCRV), a Taxa de Cobertura (TC) e a matriz de desempenho exportador. Os resultados evidenciaram competitividade em dois grupos tecnológicos setoriais: Indústrias Intensivas em Recursos Minerais e Indústrias Intensivas em P&D. Todavia, apesar dos avanços recentes em competitividade externa, a Bahia ainda enfrenta dificuldades para se inserir nos mercados dinâmicos do Mercosul. Um dos motivos é a persistência de gargalos estruturais que limitam o crescimento das exportações baianas.

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Biografia do Autor

Maria Fernanda Cunha da Silva, Universidade Estadual de Santa Cruz

Mestranda em Economia Regional e Políticas Públicas (PERPP/UESC), Graduação em Ciências Econômicas (UESC).

Marcelo dos Santos da Silva, Universidade Estadual de Santa Cruz

Doutorado em Economia (PPGE/UFJF), Mestrado em Economia (ME/UFV), Graduação em Ciências Econômicas (UFES). Professor Adjunto do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (DCEC/UESC).  

Zina Angélica Cáceres Benavides, Universidade Estadual de Santa Cruz

Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ), Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ), Graduação em Economia (Universidad Nacional Mayor de San Marcos). Professora Adjunta do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (DCEC/UESC). Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Economia Regional e Política Públicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (PERPP/UESC).

Carlos Eduardo Ribeiro Santos Bertani, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Doutorando em Economia (Universidade do Minho/Universidade de Coimbra), Mestrado em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional (PPGCMDR/UNEB), Graduação em Ciências Econômicas (UEFS). Professor Assistente do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (DCEC/UESC). 

 

Priscila de Queiroz Leal

Doutorado em Economia (PPGE/UFJF), Mestrado em Economia (ME/UFV), Graduação em Ciências Econômicas (UESC). 

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Publicado
2025-06-02
Seção
Artigos