O BEM-ESTAR DOS AGRICULTORES FAMILIARES AGROECOLÓGICOS E CONVENCIONAIS
Estudo de casos na Região Imediata Ilhéus-Itabuna
Resumo
A emergência de modelos produtivistas alternativos que exibem maiores níveis de sustentabilidade do curto ao longo prazo, bem como as novas exigências do mercado consumidor, tem trazido à tona debates relevantes acerca do paradigma produtivista preponderante e seus reflexos, quase sempre negativos, à comunidade e ao meio ambiente. Dessa forma, este trabalho foi realizado a fim de trazer a esse contexto questões pertinentes acerca do bem-estar dos produtores rurais familiares da microrregião Ilhéus-Itabuna, especificamente, produtores de cacau, devido ao seu importante papel na economia regional e da sua influência no meio ambiente, via práticas agrícolas. Assim, este trabalhou objetivou analisar o bem-estar dos agricultores em duas perspectivas distintas, para os agricultores agroecológicos e os convencionais, a fim de compará-los, bem como foram identificadas as variáveis socioeconômicas e ambientais que influenciaram positiva e negativamente no bem-estar desses agricultores. Para isso, foi utilizado levantamento bibliográfico, um índice de bem-estar construído e a abordagem do bem-estar subjetivo. As medidas de autorrelato já demonstravam que os produtores agroecológicos estavam mais satisfeitos, se comparado aos produtores convencionais, e a aplicação do índice de bem-estar confirmou isso, mostrando que aqueles agroecológicos estão muito satisfeitos, enquanto os convencionais medianamente satisfeitos. Quanto à influência das variáveis socioeconômicas e ambientais, a insatisfação convergiu para ambos os produtores quanto a segurança pública, ao acesso à saúde, ao pagamento de impostos e as mudanças climáticas, mostrando a má qualidade dos serviços públicos, os reflexos do homem na natureza e a resposta dessas variáveis para o bem-estar de ambos os produtores rurais.
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