A seletividade espacial em ambiente litorâneo: o caso dos resorts na Bahia

  • Ísis Penna Lima
  • Aline Conceição Souza Universidade Estadual de Santa Cruz

Resumo

A resignificação das praias marítimas no imaginário social através da atividade turística valoriza a faixa litorânea mediante a construção dos complexos hoteleiros. Nesse sentido, a presente pesquisa analisa a evolução dos resorts no litoral da Bahia, refletindo as conexões entre as políticas de planejamento urbano, a atividade turística, a seletividade espacial e a apropriação das praias, caracterizadas pela União como patrimônio natural de uso coletivo. Para tanto, seguiu-se cinco passos metodológicos: revisão de literatura; busca de dados sobre a evolução dos resorts no Brasil; busca de dados sobre a evolução dos resorts no litoral da Bahia; caracterização social dos municípios com resorts instalados e, relação dos impactos positivos e negativos. Observa-se assim, que a partir de 1990, o Nordeste , devido aos atrativos naturais (principalmente as praias marítimas) e aos diversos investimentos públicos e privados), começa a despontar com relação aos resorts. Quanto a seletividade espacial percebe-se que 73% dos resorts na Bahia tem acesso privativo à praia. Neste sentido, ressalta-se o papel das políticas públicas turísticas e urbanas para atenuar os impactos da apropriação indevida, no sentido de harmonizar os interesses da cadeia produtiva turística, a valorização da cultura local e o uso comum e coletivo do bem público.

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Biografia do Autor

Ísis Penna Lima
Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, com Especialização em Planejamento de Cidades (UESC) e Mestrado em Geografia (UNICAMP). Atualmente é professora da rede de ensino do município de Ilhéus.
Aline Conceição Souza, Universidade Estadual de Santa Cruz
Graduada em Economia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, com Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Doutoranda em Desenvolvimento Econômico na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professora assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

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Publicado
2017-06-30