DIVERSIDADE E DIREITOS LINGUÍSTICOS NA CIÊNCIA NO BRASIL NO ÂMBITO DA INTEGRAÇÃO REGIONAL LATINO-AMERICANA
Resumo
Em concordância com o ODS 4, “Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos”, busca-se aqui pensar o papel da diversidade linguística e a presença/ausência das línguas minoritárias na produção do conhecimento, denunciando o princípio do monolinguismo do inglês como língua acadêmica universal. Sugere-se que essa expansão ocorre em detrimento das línguas locais, ameaçando o fortalecimento da produção de conhecimento em países do chamado sul global. Paralelamente, a internacionalização das universidades latino-americanas vem reforçando a assimetria entre instituições e países, quando poderia oportunizar a consolidação de um espaço acadêmico regional comum tanto a partir do reconhecimento de um espaço geográfico e econômico compartilhado, quanto e sobretudo de um espaço social alicerçado em saberes científicos e na diversidade cultural e linguística. Assim, a cooperação entre os países da região poderia consolidar um multilinguismo capaz de dar voz a comunidades linguísticas minoritárias historicamente silenciadas e promover o desenvolvimento e a valorização das relações culturais e linguísticas entre seus países.
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