POLÍTICAS E PLANIFICAÇÕES LINGUÍSTICAS INDÍGENAS:

UMA ANÁLISE DE CASO SOBRE O QUÉCHUA

  • Tomás Paixão Borges CEFET/RJ

Resumo

O etnocídio cultural ocorrido por toda a América Latina deixou profundas marcas sobre a sociedade colonizada. Apesar dos recentes avanços das políticas de planificação linguística e reconhecimento de iure do caráter multiétnico e pluricultural, a dimensão linguística segue sendo problemática no contexto latino-americano. Se, por um lado, pode-se perceber a inclusão de medidas de apoio à diversidade por parte dos governos, uma ‘democratização linguística’ ainda está longe de ser alcançada. Entendendo esta perspectiva e tomando por base as políticas estatais e privadas linguísticas realizadas no Peru, explicitadas nas obras de Yataco (2012) e Howard (2012), o trabalho propõe evidenciar o atual estado do quechua e explorar a importância da sobrevivência das línguas originárias na América Latina. Do mesmo modo, busca evidenciar a presença de um novo tipo de colonialismo no atual contexto latinoamericano, o colonialismo do poder, e entender suas raízes.  Para o contexto brasileiro, território de mais de 270 línguas indígenas documentadas (IBGE, 2010), o texto amplia as discussões sobre a importância do multiculturalismo e necessidade de promoção da diversidade linguística no país.

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Publicado
2019-12-18
Seção
Artigos