Investimento Direto Estrangeiro em Moçambique: aspectos positivos e negativos

  • Nelson Alberto Mucanze Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • André Luiz Correa Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Resumo

Os dados do Banco de Moçambique (2015) mostram que o fluxo de Investimento Direto Estrangeiro para o país evoluiu de US$ 347,3 milhões para US$ 4,9 bilhões entre 2002 e 2014. O governo moçambicano tem vislumbrado o IDE com papel estratégico para manter altas taxas de crescimento econômico, aumentar o nível de empregos, proporcionar o desenvolvimento e atualizar a economia moçambicana em termos de transferência de tecnologias. O presente trabalho tem por objetivo mostrar os aspectos positivos e negativos dos fluxos de IDE para Moçambique.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nelson Alberto Mucanze, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Mestre em Economia pela UNESP.
André Luiz Correa, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Professor do Departamento de Economia da UNESP.

Referências

ACEMOGLU, D.; JOHNSON, S.; ROBINSON, J. An african succes story: Botswana. CEPR Discussin paper, Massachusetts: n. 3219, p. 1-43, 2002. Disponível em: <http://economics.mit.edu/files/284 >. Acesso em 23 out. 2015.

AFRICAN ECONOMIC OUTLOOK. African economic outlook 2007. Organization for Economic Cooperation and Development OECD, Development Centre, Paris: jun. 2007.

AFRICAN ECONOMIC OUTLOOK. Real GPD growth rates, 2005-2014. 2014. Disponível em: <http://www.africaneconomicoutlook.org/po/estatisticas/>. Acesso em: 26 mar. 2015.

AHMAD, E.; SINGH, R. Political economy of oil-revenue sharing in a developing country: illustrations from Nigéria. Washington: 2003. Disponível em: <http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2003/wp0316.pdf >. Acesso em: 26 mar. 2015.

AMAL, M.; SEABRA, F. Determinantes do Investimento Direto Externo (IDE) na América Latina: uma perspectiva institucional. Revista Economia, Natal, 2007. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

ANDERSON, A. Sasol, EDM inaugurate new gas-to-power plant in Mozambique. Sasol, comunicado de imprensa. 2014. Disponível em: <http://www.sasol.co.za/mediacentre/media -releases/sasol-edm-inaugurate-new-gas-power-plant-mozambique>. Acesso em: 5 ago. 2016.

ASIEDU, E. “Foreign direct investment in Africa: the role of natural resources, market size, government policy, institutions and political instability”. World Economy, Kansas City: v. 29, n. 1, p. 63-77, 2006.

AUTY, R. M.; GELB, A. H. Political economy of resource-abundant states. In: AUTY, R. M. (Ed.). Resource abundance and economic development. Oxford: Oxford University Press, 2001. p. 126-144.

BANCO DE MOÇAMBIQUE. Boletim anual de balança de pagamentos 2014. Maputo, ano 11, n. 11, jun. 2015.

BANCO DE MOÇAMBIQUE. Relatório anual 2014. v. 23. Maputo. 2015.

BASTOS, M.; FERREIRA, M. E. Maldição dos recursos naturais à prova: os casos da Nigéria e Botswana. Lusíade, Lisboa, n. 1, p. 150-177, 2008.

BIGGS, T. Expectativas, vulnerabilidade e políticas para uma gestão de sucesso. Maputo: Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA), 2012. Disponível em: <http://docplayer.com.br/8829827-Explosao-emergente-de-recursos-naturais-em-mocambique.html >. Acesso em: 30 jul. 2015.

BREWER, T. A. FDI in emerging market countries. In Oxelheim, L., editor, The Global Race for FDI. Prospects for the Future. Springer-Verlag, Berlin, 1993.

CASTEL-BRANCO, C. N. Economia extrativa e desafios de industrialização em Moçambique. Maputo: Instituto de Estudos Sociais e Econômicos, 2010. Disponível em: <http://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/CadernosIESE_01_CNCB.pdf >. Acesso em: 28 mar. 2016.

CASTEL-BRANCO, C. N. Os mega projectos em Moçambique: que contributo para a economia nacional? Maputo, 2008. Disponível em: <http://www.iese.ac.mz/lib/noticias/Mega_Projectos_ForumITIE.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2016.

CASTEL-BRANCO, C. N.; GOLDIN, N. Impacts of the mozal aluminium smelter on the Mozambican economy: relatório apresentado à Mozal. Maputo: IESE, 2003.

CASTEL-BRANCO, C. N.; MANDLATE, O. Da economia extractiva à diversificação da base produtiva: o que pode o PARP utilizar da análise do modo de acumulação em Moçambique? In: BRITO, L. et al. (Org.). Desafios para Moçambique: Maputo: IESE, 2012.

CENTRO DE INTEGRIDADE PÚBLICA – CIP. Exportações de gás de pande temane para a África do Sul: primeiros grandes projectos do sector extractivo frustram as expectativas dos moçambicanos. 2013. (Serviço de partilha de informação, boa governação, transparência e integralidade, n. 17). Disponível em: <http://www.cip.org.mz/cipdoc%5C275_Primeiros%20Grandes%20Projectos%20do%20Sector%20extractivo%20Frustram%20as%20Expectactivas%20dos%20moçambicanos.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2016.

COLLIER, P.; HOEFFLER, A. Greed and grievance in civil wars. Oxford Economic Papers, Oxford, v. 54, p. 563-595, out. 2004

DUNNING, J.; LUNDAN, S. Multinational enterprises and the global economy. 2nd ed. Basingstoke: Edward Elgar, 2008.

DUNNING, J.H. Alliance capitalism and global business. London: Routledge, 1997.

DUNNING, J.H. Explaining international production. London: Unwin Hyman, 1988.

DUNNING, J.H. The eclectic paradigm as an envelope for economic and business theories of MNE activity. International Business Review, London, n. 9, p. 163-190, 2000.

GARY, I.; KARL, T. L. O fundo do barril: o ‘boom’ do petróleo em África e os pobres. Baltimore: Catholic Relief Services, 2003.

GOULD, J.; KAPADIA, K. N. Dutch disease in África: a case of study of Nigeria and Chad. Michigan: University of Michigan, 2008.

HIRSCHIMAN, A. O. The strategy of economic development. New Haven: Yale University Press, 1958.

KARL, T. L. Oil-led Development: social, political and economic consequences. Palo Alto: Standford University, 2007. (Working papers, n. 80).

KRAUSE, M.; KAUFMAN, F. Industrial Policy in Mozambique. Discussion paper, n. 10, DIE – German Development Institute. Bonn, 2011.

LEDYAEVA, S. “Spatial econometric analysis of foreign direct investment determinants in Russian regions”. World Economy, Angila, v. 32, n. 4, p. 643-666, 2009.

LANGA, E.; MANDLATE, O. Questões à volta de ligações a montante com a Mozal. In: BRITO, L. et all. (Org.). Desafios para Moçambique 2013. Maputo: IESE, 2013.

LANGA, E.; MANDLATE, O. Questões à volta de ligações a montante com a Mozal. In: BRITO, L. et all. (Org.). Desafios para Moçambique 2013. Maputo: IESE, 2013.

LANGA, E. Ligações minadas: o caso dos fornecedores nacionais da Vale e Rio Tinto em Moçambique. In: BRITO, L. et al. (Org.). Desafios para Moçambique 2015. Maputo: IESE, 2015.

LUNDGREN, C. J.; THOMAS, A. H.; YORK, R. C. Expansão, contração ou prosperidade? : a gestão das riquezas de recursos naturais na África Subsaariana. Washington: Fundo Monetário Internacional, 2013. Disponível em: <http://www.imf.org/external/lang/portuguese/pubs/ft/dp/2013/dp1302p.pdf>. Acesso em: 26 dez. 2015.

MACHADO, L. W. As grandes potências em direção aos recursos naturais subsaarianos: participação nos conflitos locais. 167f. Dissertação (Mestrado Economia Política Internacional) - UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.ie.ufrj.br/images/pos-graducao/PEPI_DISSERTAO__LETICIA_WITTLIN_MACHADO.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2016.

MANDLATE, O. Capacitação das empresas nacionais e conteúdo local de megaprojetos em Moçambique. In: BRITO, L. et al. (Org.). Desafios para Moçambique 2015. Maputo: IESE, 2015.

MOHAMED, S. E; SIDIROPOULOS, M. G. “Another look at the determinants of foreign direct investment in MENA countries: an empirical investigation”. Journal of Economic Development, Salonica, v. 35, n. 2, p. 75-95, 2010.

MOREIRA, S. B. Determinantes dos investimentos diretos portugueses nos PALOPs: o caso de dois países de expressão portuguesa, Brasil e Cabo Verde. Revista Lucere: Revista Académica da UCAN, Luanda, v. 5, n. 6, 2009.

MORRIS, M.; KAPLINSKY, R.; KAPLAN, D. Commodities and linkages: meeting the policy challenge. Cape Town: University of Cape Town, 2011. (MMCP Discussion Paper, n. 14).

MYERS, K. Petroleum, peverty and security. London: The Royal Institute of International Affairs , 2005.

OCDE. (Organization for Economic Cooperation and Development). International Direct Investment Statistic 2014. Paris: Organization for Economic Cooperation and Development - OECD, 2014. 236 p. Disponível em: < http://www.oecd-ilibrary.org/finance-and-investment/oecd-international-direct-investment-statistics-2014_idis-2014-en>. Acesso em: 12 mar. 2015.

OMEJE, K. Petrobusiness and security threats in the Niger Delta, Nigeria. Current Sociology, Bradford: University of Bradford v. 54, n. 3, p. 477-498, May 2006.

SALINGER, L.; ENNIS, C. Manufacturing in Mozambique: what are the potential impacts of the resource boom on the competitiveness of the manufacturing sector? Washington: United States Agency for International Development, 2014.

UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT – UNCTAD. World Investment Report 2014 – investing in the SDGs: an action plan. 2014. Disponível em: < http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/wir2014_en.pdf>. Acesso em: 23 maio 2015.

Publicado
2018-11-30