Os impactos socioeconômicos aos vendedores de Acarajé Em Fortaleza-CE No cenário de COVID-19 entre os anos de 2020 E 2021

Resumo

Considerando as várias transformações causadas pela Pandemia de Covid-19 em todo mundo e pelos impactos socioeconômicos observados às diversas economias mundiais, em especial às pessoas em condições financeiras menos favorecidas, o objetivo deste estudo foi realizar uma investigação situacional das condições socioeconômicas dos vendedores de Acarajé em Fortaleza/CE no período de lockdown, dentre os anos de 2020 e 202. Para isso, determinou-se como objetivos específicos, realizar uma relação entre gastronomia, religiosidade e cultura afro-brasileira; caracterizar o contexto da comercialização da iguaria acarajé em Fortaleza/CE; e por fim, compreender como se deu o processo de retomada das atividades de comercialização do alimento após o controle da pandemia no Brasil e sua atual situação. Este estudo se justifica por sua relevância cultural, considerando a importância do acarajé para a cultura gastronômica baiana e sua aceitação positiva no contexto gastronômico de Fortaleza/CE. Como metodologia, o estudo se configura como exploratório, de caráter qualitativo, respaldado pela pesquisa bibliográfica e na aplicação de questionários aos vendedores de acarajé da Avenida Beira Mar, em Fortaleza/CE, em novembro de 2022. Como resultados do estudo, identificou-se que o aspecto religioso permanece intrinsecamente ligado ao acarajé, mesmo que a religião da maioria dos vendedores entrevistados, neste estudo, seja católica. O aspecto antropológico ligado à comida é mais forte e a origem religiosa permanece como algo peculiar da imagem de comercialização do bolinho. Além disso, houve uma brusca diminuição da renda dos vendedores de acarajé e que mais da metade não recebeu nenhum auxílio financeiro do governo, o que denota grande impacto socioeconômico da pandemia na atividade laboral desses ambulantes. Por fim, conclui-se que o impacto econômico durante a pandemia foi expressivo e que ainda hoje faz-se necessário que esses vendedores se adequem às novas tecnologias, no intuito de melhorar suas vendas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karine Alves Lima Braga

Bacharela em Turismo, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE Campus Fortaleza. Formada em Guia de Turismo, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE Campus Fortaleza. E-mail: karine.alves.lima03@aluno.ifce.edu.br.

André Luís de Freitas, IFCE Campus Fortaleza

Bacharel em Estilismo e Moda (2008) - Universidade Federal do Ceará (UFC); Especialista em Gestão do Design de Moda (2015) - UNIATENEU; Especialista em Turismo Sustentável (2024) - Instituto Federal do Ceará (IFCE) e mestre em Gestão de Negócios Turísticos (2024) - Universidade Estadual do Ceará (UECE). E-mail: andretsukino@gmail.com

Antonio Cavalcante Almeida, IFCE

Pós-Doutorado em Desenvolvimento Regional – UTFPR Campus Pato Branco. Doutor em Ciências Sociais [Antropologia] – PUC-SP; mestre em Sociologia Política – UFSC; professor de Sociologia do IFCE Campus Fortaleza. E-mail: antonio.cavalcante@ifce.edu.br

Susana Dantas Coelho, IFCE Campus Fortaleza

Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Ceará – UFC; professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – campus Fortaleza, Brasil. Email: susanadantas@ifce.edu.br

Publicado
2025-02-24