O LITORAL COMO MERCADORIA: O CONSUMO DAS PRAIAS NA ESTRATÉGIA DO CAPITAL
Resumo
A sociedade contemporânea consome sem muita preocupação os cenários que os mass mídia não cessam em nos apresentar como mercadorias em prateleiras. Não são poucos os autores que denunciaram e denunciam este estado social de anestesia geral, que evidencia-se na perda de produção de subjetividade em todos os níveis. Somos compelidos a pensar o que nos é fornecido como insumo. Já não distinguimos, e até certo ponto nem queremos distinguir, entre o que nos pode ser útil e aquilo que mesmo repleto de apelos – geralmente como imagens – pode ser pura inutilidade. O capital toma as rédeas da produção do espaço das cidades, assim como da produção de subjetividade. Uma re-finalização das atividades humanas se faz necessária para pensarmos em uma outra globalização, no sentido miltoniano do termo. Este estudo após discussão teórica sobre a questão da produção do espaço e da subjetividade na história do presente, direciona o olhar a praia, ou melhor, aos espaços praiais para uma análise de algumas formas de uso e ocupação destes espaços.