PAISAGENS CONSTRUÍDAS, MINERAÇÃO E TURISMO CONFORME A PERCEPÇÃO DOS MORADORES EM MINAÇU- GO
Resumo
O presente trabalho objetivou analisar os diferentes significados da paisagem atribuídos pelos moradores aos lagos de Cana Brava e da Serra da Mesa e da SAMA-Mineraçao S.A, Minerações Associadas, no município de Minaçu – GO. Procurou-se evidenciar como os moradores percebem as paisagens construídas com a mineração e os lagos, e se estas constituem atrativos potenciais turísticos. Com o intuito de contemplar esse objetivo os procedimentos teórico- metodológicos iniciaram-se com levantamento e análise bibliográfica sobre o tema. Referindo-se aos estudos da paisagem, baseou-se principalmente em: Tuan (1980); Cosgrove (1998), Claval(1998) e Rosendahl (1998). Os trabalhos de Campo foram visitas a Agência Ambiental do Estado de Goiás, Prefeitura do município de Minaçu, SAMA, lago de Cana Brava, lago e UHE de Serra da Mesa. Também como parte dos procedimentos foram realizadas entrevistas com os moradores do município. Constatou-se que a maioria dos moradores do município percebe a atividade da mineração e dos lagos de Serra da Mesa e de Cana Brava, nas perspectivas: econômicas, funcionais, estética, utópicas e também com carga negativa. Estas paisagens podem ser enquadradas no que Cosgrove denominou de paisagens dominantes e alternativas(emergentes). A SAMA, por esta classificação, é uma paisagem dominante, pois houve influência da empresa no município durante todo o processo de crescimento. Referindo-se aos lagos, pode-se afirmar que são paisagens emergentes devido ao aspecto futurista e utópico que principalmente o lago de Cana Brava constitui. O lago de Cana Brava é visto pelos moradores como uma grande potencialidade turística. Existe a prática do turismo no lago, mas esta ainda é incipiente.