Revista do Laboratório de Ensino de História e Geografia da UESC https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige <p>A Revista RLAHIGE é uma publicação semestral do Laboratório de Ensino de História e Geografia da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, cujo objetivo é a divulgação de trabalhos científicos<strong>&nbsp;inéditos</strong>&nbsp;nas áreas de interesse de&nbsp; Geográfia e História. A Revista recebe contribuições em fluxo contínuo, de autores nacionais e internacionais, preferencialmente em língua portuguesa (aberta a textos em espanhol), nos seguintes formatos: artigo, resenhas e relatos de experiências e práticas.</p> Editus pt-BR Revista do Laboratório de Ensino de História e Geografia da UESC 2965-0887 Apresentação https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4040 Humberto Cordeiro Araujo Maia ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 1 1 10.36113/rlahige.v3i4.4040 SÃO JOÃO DO PARAÍSO https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4019 <p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a incomum configuração do município de Mascote-Ba, onde São João do Paraíso, um de seus distritos, detém grande parte das ferramentas necessárias para a administração municipal, ainda que não seja a sede oficial do município. Assim, foi realizada uma descrição de como essa configuração ocorre e molda o cotidiano dos habitantes de todo o território. Para tanto, foi adotada uma metodologia pautada na construção de mapas de localização e comparativos de manchas urbanas, além de gráficos e tabelas com a distribuição territorial dos principais equipamentos urbanos do município, reunindo elementos que reforçam a</span> <span style="font-weight: 400;">ideia de São João do Paraíso como um distrito-sede não oficial de Mascote-Ba. Desse modo</span><span style="font-weight: 400;">,</span><span style="font-weight: 400;"> foi possível mapear a distribuição dos equipamentos públicos e privados no município e concluir que o distrito de São João do Paraíso concentra a imensa maioria das secretarias municipais, centros de lazer, equipamentos urbanos de saúde, equipamentos</span> <span style="font-weight: 400;">bancários e comércio em geral, resultando em uma dependência de toda a população municipal para com o</span> <span style="font-weight: 400;">distrito, uma vez que esses equipamentos não são encontrados em outras áreas urbanas ou rurais do território mascotense. Por fim, foi possível estabelecer uma reflexão não somente de como São João do Paraíso influencia o cotidiano do município, mas também, qual o papel de cada equipamento urbano nesse contexto de influência na escala local.</span></p> Alexandre Bonfim Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 2 18 10.36113/rlahige.v3i4.4019 A REDESCOBERTA DO TURISMO https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4020 <p>O município de Ilhéus já foi sede da Capitania hereditária São Jorge dos Ilheos, tendo como principal fator econômico, o cacau. Entretanto, após diversas crises, precisou mudar sua base econômica, saindo da produção cacaueira e indo em busca de outras alternativas, sendo uma delas, o turismo. Sendo assim, esse artigo teve como objetivo analisar as contribuições do turismo para a economia desse município, a fim de entender como o turismo funciona no referido município e por fim, determinar as potencialidades turísticas e identificar o que precisa para que essa potencialidade se torne concreta. É uma pesquisa qualitativa e descritiva, cuja metodologia adotada foi levantamento de referências bibliográficas, documentais e levantamento de dados em fontes secundárias de órgãos públicos, como o Ministério do Turismo, e trabalhos de campo. Por fim, pode-se afirmar que o município tem um potencial que vai além do turismo de sol e mar. Uma estratégia para fomentar a atividade turística é investir no tripé turismo, cacau e chocolate, por meio da valorização da produção do cacau fino.</p> Naiara de Souza Valerio Gilsélia Lemos Moreira Joseane Gomes de Araujo ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 19 31 10.36113/rlahige.v3i4.4020 ABORDAGENS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4022 <p><span style="font-weight: 400;">O sistema educacional de ensino tem enfrentado uma intencionalidade tecnicista, resultante das articulações neoliberais que tem como intuito preparar o aluno para o mercado de trabalho, sem desenvolver o pensamento crítico-reflexivo. Nesse sentido, a prática docente de Geografia é importante para a construção do ser cidadão-crítico. Assim, o presente trabalho tem por objetivo refletir acerca das potencialidades metodológicas no ensino de Geografia que possibilitam uma análise espacial e a interação dos educandos. Para isso, a pesquisa baseou-se na abordagem qualitativa, em que se realizou oficinas pedagógicas com o uso da música e do Quiz geográfico como ferramentas auxiliares à prática docente, além de pesquisa bibliográfica. A experiência se deu no Colégio Estadual de Salobrinho no município de Ilhéus-BA, e foi realizada pelas residentes do Programa Residência Pedagógica nas turmas do 2° ano A e B, e do 3° ano do Ensino Médio, em que trabalhou-se o assunto de espaço agrário brasileiro e globalização. Após a interpretação da música e do Quiz geográfico, os alunos produziram um cartaz com a sistematização dos conteúdos/conhecimentos produzidos em uma nuvem de palavras conceituais.&nbsp; A utilização dos recursos metodológicos proporcionou uma sala de aula mais atrativa, prazerosa e dinâmica, e os alunos tornaram-se protagonistas no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista a grande participação e concentração dos alunos nas discussões dos conteúdos abordados por meio de recursos metodológicos auxiliadores na prática docente.</span></p> Mirian Batista da Silva Luana Santos Sales Natiele Vilas Bôas dos Santos Jennifer Melgaço Caldas ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 32 46 10.36113/rlahige.v3i4.4022 O RURAL E O URBANO EM IGUAÍ-BA https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4023 <p>Com a difusão do meio técnico-científico-informacional, os conceitos de urbano e rural foram redesenhados de modo a atender as especificidades do atual contexto. Por isso, a definição de urbano atrelada a delimitação espacial do que se entende como cidade, assim como do rural ao campo não é suficiente para explicar os conteúdos do processo de urbanização no Brasil atualmente. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar como os conceitos de urbano e rural contribuem para o entendimento do processo de urbanização na pequena cidade de Iguaí, localizada na microrregião de Vitória da Conquista, no estado da Bahia, tendo em vista, a inserção do meio técnico-científico-informacional. O percurso metodológico foi realizado a partir de um levantamento bibliográfico acerca do tema proposto, levantamento de dados de órgãos públicos e pesquisa de campo. A partir desse estudo, foi constatado que a pequena cidade de Iguaí possui diversas especificidades que a tornam um objeto de estudo complexo e de relevância para a área, tendo em vista, a teia de relações que se concretizam na cidade, na relação centro-periferia, assim como a complexidade na relação entre o urbano e rural e o novo olhar para o meio natural, impulsionado pela valorização das amenidades do campo e pelo ecoturismo.</p> Cleisson Santos Gonçalves ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 47 63 10.36113/rlahige.v3i4.4023 GEOGRAFIA ESCOLAR E LUDICIDADE https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4027 <p>Este trabalho aborda a cartografia escolar e a ludicidade na educação geográfica, especialmente a partir de práticas com a "batalha cartográfica", na promoção do envolvimento dos alunos e na elaboração de conceitos geográficos em sala de aula. &nbsp;Nesse sentido, o objetivo deste artigo é<strong>&nbsp;</strong>apresentar a experiência formativa com a utilização da atividade “Batalha cartográfica” na elaboração do conhecimento geográfico com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental.<strong>&nbsp;</strong>A questão norteadora dessa pesquisa é: Até que ponto a cartografia escolar e as atividades lúdicas envolvem os estudantes e auxilia na resolução de problemas associados a compreensão do espaço? A abordagem da pesquisa tem caráter qualitativo, com a utilização do dispositivo de aplicação de jogos com estudantes de 6º ano do ensino Fundamental do Colégio&nbsp;Municipal Dr. Pedro Catalão<strong>&nbsp;</strong>em Itajuípe - Ba.<strong>&nbsp;</strong>Os resultados apontam que a falta de conexão entre o conteúdo &nbsp;&nbsp;ensinado e a experiência de vida dos alunos pode gerar dificuldades de compreensão dos conceitos geográficos. A atividade "batalha cartográfica" quando introduzida como uma ferramenta didática e associada a cartografia, proporciona entretenimento, desafios intelectuais e interação social que contribuem significativamente no processo de ensino e aprendizagem.<strong>&nbsp;</strong></p> Bruno Soares Barreto Joseane Gomes de Araújo ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 64 75 10.36113/rlahige.v3i4.4027 O ENSINO DE GEOGRAFIA ATRAVÉS DA DISCIPLINA ELETIVA CIDADANIA MUNDIAL https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4028 <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif; color: black;">Este trabalho aborda um recorte do relato de vivência mediado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, onde foi possível através da interdisciplinaridade geográfica, vivenciar aspectos circunscritos ao ensino e a aprendizagem do componente curricular da Geografia, além de Cidadania Mundial. Desse modo, os conhecimentos geográficos foram articulados aos propostos para a Cidadania Mundial. Para o presente relato, será utilizada como amostra, uma intervenção aplicada na turma da disciplina de Cidadania Mundial, 8º ano G, onde, por meio da discussão relacionada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1789) e manifestos da Anistia Internacional (1961), foi possível vincular o conteúdo à escala local, tendo como objeto de estudo o bairro Teotônio Vilela em, Ilhéus - Ba, fomentando a criticidade dos alunos em relação a negligência de tais direitos enfrentada pela população da localidade. Assim, foi possível trabalhar conteúdos geográficos como saneamento básico, equipamentos urbanos, desmatamento, deslizamentos e desigualdade socioeconômica. Posteriormente, os estudantes apresentaram diagnóstico e proposições de melhorias no contexto local, de modo que, como resultado, foi construída em conjunto aos discentes uma carta direcionada à Prefeitura Municipal de Ilhéus-Ba, cobrando o cumprimento dos direitos no bairro. Podemos elencar que o fato de termos trabalhado os conteúdos aproximando ao contexto de vivência dos estudantes, a partir da realidade local, houve envolvimento significativo nas atividades propostas. Ainda, consideramos que vivenciar tal situação no ambiente escolar possibilitou desenvolver aspectos relacionados à construção da identidade docente em contribuir para o desenvolvimento do senso crítico dos alunos e exercício da cidadania.</span></p> Paloma Reis Sena Alexandre Bonfim Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 76 84 10.36113/rlahige.v3i4.4028 EXPERIÊNCIA E DIÁLOGO COM OS MAPAS MENTAIS https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4029 <p><span style="font-weight: 400;">O ensino de Geografia hoje perpassa por diversos debates acerca das possibilidades em potencializar o ensino e aprendizagem no componente curricular. Nesse sentido, considera-se a Cartografia como um recurso para ser explorado nos mais diversos níveis de ensino para a construção dos saberes geográficos. Dentre o contexto, o presente trabalho objetiva reconhecer a potencialidade dos mapas mentais na alfabetização cartográfica e no Ensino de Geografia.&nbsp; Por meio da pesquisa qualitativa, através de um estudo de caso com desenvolvimento de práticas pedagógicas direcionadas à alfabetização de saberes cartográficos na Geografia escolar com uso dos mapas mentais, em que foi realizado nas turmas do 6° ano da Escola Municipal São Pedro, Ilhéus-BA, além do levantamento bibliográfico. Desse modo, percebe-se a evolução da aprendizagem de noções cartográficas. O desenvolvimento da oficina&nbsp; evidencia-se como possibilidade incentivadora da leitura crítica e reflexão do lugar de vivência,&nbsp; e o pensamento espacial no ensino de Geografia.&nbsp;</span></p> Luana Santos Sales Mirian Batista Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 85 98 10.36113/rlahige.v3i4.4029 PAISAGEM URBANA E SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL EM ILHÉUS https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4030 <p>A produção do espaço urbano em Ilhéus-BA se dá, historicamente, de forma contraditória e desigual, e a paisagem urbana das zonas Norte e Sul da cidade revela, de imediato, essa contradição; ao norte, territórios das classes populares, majoritariamente; ao sul, territórios mais valorizados para as classes mais abastadas e para a realização dos interesses de ampliação do capital vinculado ao setor imobiliário.&nbsp; O presente trabalho faz uma breve explanação acerca de como se deu a organização espacial de Ilhéus, uma breve apresentação da organização interna da cidade e como se manifesta a segregação socioespacial que se apresenta na paisagem urbana da cidade. Trata-se de uma pesquisa explicativa, qualitativa e de caráter bibliográfico. A pesquisa contou com a coleta de dados secundários com idas à campo para obtenção de fotografias e preenchimento das fichas de observação acerca dos bairros visitados. Os resultados apresentam que a segregação socioespacial existente na cidade ocorre em função dos modos de apropriação e valorização seletiva do solo urbano pelo capital, na zona sul da cidade; como também devido às disparidades entre a oferta dos serviços e equipamentos urbanos para as áreas mais nobres e para os bairros periféricos.</p> Érica dos Santos Silva de Andrade Gilmar Alves Trindade ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 99 116 10.36113/rlahige.v3i4.4030 RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO DOCENTE https://periodicos.uesc.br/index.php/rlahige/article/view/4031 <p>O professor é um ser dinâmico e diverso em suas funções. Por isso, a criação de programas de formação de professores vem com o intuito de formar esse ser diverso e dinâmico. Nesse sentindo, o Programa Residência Pedagógica ganha destaque, por ser um programa voltado para a formação inicial do professor. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo compreender as contribuições do programa Residência Pedagógica para a formação docente, especialmente na formação inicial do professor. Para alcançar o objetivo proposto o presente artigo tem como metodologia uma revisão de literatura baseada Tardif (2002), Pimenta e Lima (2008), Curado Silva (2020) e Freire (1970) para compreender as concepções e a relevância do RP. Por fim, concluir-se que o Residência Pedagógica desempenha um papel importante na formação do professor, fornecendo oportunidades para a integração de saberes, a construção da identidade docente, o desenvolvimento da práxis, a promoção da autonomia e o autodescobrimento.</p> Vanessa Evangelista de Souza ##submission.copyrightStatement## 2023-12-26 2023-12-26 3 4 117 127 10.36113/rlahige.v3i4.4031